Mostrar mensagens com a etiqueta Disgrafia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Disgrafia. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 21 de março de 2013

Disgrafia: sinais e manifestações

Visualize o vídeo para melhor percecionar a disgrafia:
 
A disgrafia refere-se a uma alteração da escrita que a afeta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. Perturbação na componente motora do ato de escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.
 
De forma geral, a criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou manifestações secundárias motoras que acompanham a dificuldade no desenho das letras, e que por sua vez a determinam. Entre estes sinais encontram-se uma postura incorreta, forma incorreta de segurar o lápis ou a caneta, demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel, ritmo da escrita muito lento ou excessivamente rápido e ligação entre as letras distorcida.
Torres, R. M. R. & Fernández P. (2001). Dislexia, Disortografia e Disgrafia. Lisboa: Mcgraw-Hill.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Principais sinais indicadores e problemas associados à disgrafia

Disgrafia - Alteração da escrita que a afecta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. Perturbação na componente motora do acto de escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.

De forma geral, a criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou manifestações secundárias motoras que acompanham a dificuldade no desenho das letras, e que por sua vez a determinam. Entre estes sinais encontram-se uma postura incorrecta, forma incorrecta de segurar o lápis ou a caneta, demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel, ritmo da escrita muito lento ou excessivamente rápido.

Sinais indicadores: Postura gráfica incorrecta; Forma incorrecta de segurar o instrumento com que se escreve; Deficiência da preensão e pressão; Ritmo de escrita muito lento ou excessivamente rápido; Letra excessivamente grande; Inclinação; Letras desligadas ou sobrepostas e ilegíveis; Traços exageradamente grossos ou demasiadamente suaves; Ligação entre as letras distorcida.

Problemas associados: 
 
- Biológicos;
- Perturbação da lateralidade, do esquema corporal e das funções perceptivo-motoras;
- Perturbação de eficiência psicomotora (motricidade débil, Perturbações ligeiras do equilíbrio e da organização cinético-tónica; instabilidade);
 
- Pedagógicas:
. Orientação deficiente e inflexível;
. Orientação inadequada da mudança de letra de imprensa para letra manuscrita;
. Ênfase excessiva na qualidade ou na rapidez da escrita;
. Prática da escrita como actividade isolada das exigências gráficas e das restantes actividades discentes.

- Pessoais:
. Imaturidade física; 
. Motora;
. Inaptidão para a aprendizagem das destrezas motoras;
. Pouca habilidade para pegar no lápis;
. Adopção de posturas incorrectas;
. Défices em aspectos do esquema corporal e da lateralidade.

O que pode fazer: 

- Encorajar a expressão através de diferentes materiais (plasticina, pinturas e lápis). Todas as tarefas que impliquem o uso das mãos e dos dedos são positivas. 

- Incitar a criança a recortar desenhos e figuras, a fazer colagens e picotar.

- Promover situações em que a criança utilize a escrita (ex.: escrever pequenos recados, fazer convites e postais).

- Fazer actividades como contornar figuras, pintar dentro de limites, ligar pontos, seguir um tracejado, etc.

- Deixar a criança expressar-se livremente no papel, sem corrigir nem julgar os resultados.
 
Consulte mais informações sobre disgrafia no site:
 

terça-feira, 6 de março de 2012

Reeducação de erros disgráficos

Torres (2001), no livro “Dislexia, disortografia e disgrafia”, apresenta as seguintes formas concretas de reeducação dos erros mais usuais na disgrafiaforma das letras – os erros de desenho e forma das letras podem dever-se a um insuficiente conhecimento do grafema, a uma incapacidade de execução dos movimentos gráficos necessários à configuração dos mesmos, ou a uma deformação no traçado das letras, em consequência de uma excessiva velocidade de escrita. É muito importante que a criança repasse a configuração correcta de cada um dos grafemas e que interiorize a sua forma através de actividades variadas, como:

- Repassar o contorno das letras;
- Picotar e recortar letras;
- Reproduzir as letras em plasticina;
- Simular o formato das letras no ar;
- Executar as letras em espaços gráficos amplos, com tinta ou com pinturas;
- Executar as letras em folhas de papel quadriculado e liso.

Tamanho ou dimensão das letras – a má combinação de movimentos braço-mão-dedos origina os erros na proporcionalidade das letras. Os movimentos exclusivos do braço e o agarrar o lápis muito em cima dão lugar a letras grandes. Os movimentos exclusivos dos dedos e o agarrar o lápis muito em baixo, dão, pelo contrário, lugar a letras muito pequenas. Outras vezes, este problema de dimensão revela uma má percepção visuomotora. Apesar de puder usar os cadernos de duas linhas, a criança deve exercitar as regularidades da dimensão sem a ajuda de linhas, sendo favorável que comece por tomar como referência a primeira letra que escreveu.

Inclinações inadequadas – este tipo de dificuldade gráfica pode afectar tanto as próprias letras como a linha – inclinação interlinear. Existe uma forte relação entre a inclinação da escrita ou da linha, e a posição do papel e do corpo no decurso da escrita. Existem exercícios específicos que favorecem a estabilidade e direccionalidade da escrita, entre os quais se destacam:

- Traçado de linhas rectas;
- Traçado de linhas paralelas;
- Traçado de ondulações;
- União de dois pontos apenas com movimentos do pulso.

Quando o sujeito começa a escrever é necessário que pratique em folhas de papel unilinear, uma vez que estas fixam uma linha de base para a escrita.
Espaçamentos indevidos – estes verificam-se a dois níveis: entre linhas, ou entre linhas e palavras da mesma linha. As deficiências de separação podem dever-se a problemas de inclinação (uma inclinação excessiva do papel origina junção de letras e uma inclinação ínfima origina separações excessivas). Pode contar-se com a ajuda de cadernos, em especial dos quadriculados, que permitem à criança delimitar os espaços entre palavras de forma controlada, deixando dois ou três quadrados de separação entre cada palavra. A criança vai-se assim habituando aos espaçamentos.

Uniões ou ligações inapropriadas – as perturbações da ligação entre as letras podem dever-se a um inadequado conhecimento do grafema ou da sua execução, tendo como resultado a incorrecção dos traços de união, pelo que a reaprendizagem dos grafemas favorece a intervenção, tal como sucede nos erros relativos à forma das letras. Os exercícios que podem ser executados são:

- Exercícios de repasse de palavras ou frases em papel pautado, sem levantar o lápis;
- Exercícios de cópia de palavras, sem levantar o lápis;
- Exercícios de realização de ligações correctas em textos em que faltam as uniões entre as letras;
- Exercícios de correcção de ditados e composições próprias, completando ou reformando as uniões incorrectas.
Fonte: O movimento da escrita, citado por blogue  especialID