quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Adaptações curriculares significativas: possibilidades de operacionalização

 


In incluso: «O Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, na redação atual, conceptualiza as adaptações curriculares significativas como as medidas de gestão curricular que têm impacto nas aprendizagens previstas nos documentos curriculares, requerendo a introdução de outras aprendizagens substitutivas e estabelecendo objetivos globais ao nível dos conhecimentos a adquirir e das competências a desenvolver, de modo a potenciar a autonomia, o desenvolvimento pessoal e o relacionamento interpessoal. 


As adaptações curriculares significativas inserem-se nas medidas adicionais, cujos alunos beneficiários têm de ter um programa educativo individual. O ordenamento jurídico educacional determina que o programa educativo individual contém a identificação e a operacionalização das adaptações curriculares significativas e integra as competências e as aprendizagens a desenvolver pelos alunos, a identificação das estratégias de ensino e das adaptações a efetuar no processo de avaliação. 

No caso dos alunos que seguem o percurso escolar com adaptações curriculares significativas, do certificado deve constar o ciclo ou nível de ensino concluído e a informação curricular relevante do programa educativo individual, bem como as áreas e as experiências desenvolvidas ao longo da implementação do plano individual de transição. 

Feito o enquadramento jurídico educacional, procuremos clarificar algumas formas de operacionalização desta medida. Existem duas dimensões diferentes. 

1.º - Um primeiro pressuposto remete para a singularidade de cada caso, ou seja, a medida deve ser operacionalizada em função do aluno em concreto. No entanto, um aluno com adaptações curriculares significativas vê todo o seu percurso escolar comprometido por isso, independentemente dos programas curriculares das disciplinas que frequenta. 

2.º - Na nossa perspetiva, e sempre no campo teórico e no enquadramento do pressuposto anterior, um aluno pode ter, em termos de programação e planificação, adaptações curriculares significativas apenas a algumas disciplinas, isto é, na prática, pode significar que, em algumas disciplinas, não seja necessário recorrer a aprendizagens substitutivas. 

Esta perspetiva radica sobretudo no pressuposto ou no princípio da flexibilidade curricular. Um aluno pode ter "capacidades" para desenvolver as aprendizagens essenciais de uma disciplina da matriz curricular regular (ex: Educação Visual; Educação Tecnológica; Educação Física; disciplinas da formação técnica dos cursos profissionais...) sem qualquer alteração, mas não conseguir minimamente acompanhar as aprendizagens essenciais de outras disciplinas (Ex: Matemática, Português, Língua Estrangeira, Físico-Química...) do ano de escolaridade em que se encontra, por haver uma discrepância abismal. 

A questão basilar é: se o aluno consegue desenvolver as aprendizagens essenciais de uma disciplina da sua matriz curricular, por que há de ter adaptações curriculares significativas a essa disciplina, com uma planificação específica e aprendizagens substitutivas?! Deve ter apenas àquelas disciplinas em que, de todo, o aluno não consegue desenvolver as aprendizagens essenciais, mesmo com eventual aplicação de adaptações curriculares não significativas ou outras medidas. 

Esta situação é mais evidente nos cursos profissionais. O aluno pode desenvolver Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) da formação técnica sem adaptações curriculares significativas, sobretudo quando estas são de cariz mais prático, em função da natureza do curso profissional. Existe a possibilidade de, reunidos os requisitos necessários, as UFCD poderem ser certificadas autonomamente. Há certas profissões que são "certificadas" por um conjunto articulado de UFCD. Neste caso, o aluno pode ser "certificado" numa área por reunir o conjunto de UFCD, mas, no global, não conclui com certificação "regular" o curso profissional (ou ensino secundário) que frequenta por beneficiar de adaptações curriculares significativas, ainda que, na prática, apenas a algumas disciplinas. 

Esta temática parece não ser pacífica na interpretação e na operacionalização. Esta é uma visão, partindo sempre dos pressupostos da gestão flexível do currículo e da sua adequação eficaz a cada caso em concreto. 

Em síntese, um aluno com adaptações curriculares significativas está amarrado a essa medida, com todas as consequências que daí advenham. No entanto, na prática, pode significar que, em algumas disciplinas, não seja necessário recorrer a aprendizagens substitutivas. Esta situação deve ser salvaguardada no respetivo programa educativo individual. Cada caso deve ser analisado na sua singularidade».

Fonte: http://inclusaoaquilino.blogspot.com/2020/10/adaptacoes-curriculares-significativas.html

domingo, 27 de setembro de 2020

Ensino superior: conheça o ranking com as 10 médias mais altas e as 10 mais baixas

As duas melhores médias de entrada registaram-se no Instituto Superior Técnico (IST): Engenharia Aeroespacial teve o último colocado com uma média de 191,3 valores; o curso de Engenharia Física Tecnológica, da mesma faculdade, teve o último aluno colado exatamente com um valor igual. 

Em terceiro lugar, ficou o curso de Medicinano Instituto Abel Salazar, no Porto, onde o último aluno entrou com 189,88.

O quarto lugar é, novamente, do IST:o curso de Matemática Aplicada viu o seu último aluno a entrar com média de 188,3.



As mais altas:

1.º Engenharia Aeroespacial, IST,  191,3

2.º Engenharia Física Tecnológica, IST, 191,3

3.º Medicina, Instituto Abel Salazar, 189,88
4.º Matemática Aplicada, IST, 188,3
5.º Medicina, Universidade do Porto, 188.5
6.º Medicina, Universidade do Minho, 187.8
7.º Matemática Aplicada à Economia e à Gestão,  Instituto Superior de Economia e Gestão, 187.5
8.º Medicina, Faculdade de Medicina Medicina da Universidade de Coimbra - F, 185.8
9.º Engenharia Biomédica, IST, 185.8
10.º Engenharia Mecânica, Faculdade Economia da Universidade do Porto, 185.0

As mais baixas:

1.º Tecnologias e Design e Multimédia, Instituto Politécnico de Viseu, 95.0
2.º Gestão de Empresas, Instituto Politécnico de Beja, 95.0
3.º Serviço Social,  Instituto Politécnico de Beja, 95.0
4.º Educação Social, Instituto Politécnico de Bragança, 95.0
5.º Multimédia, Instituto Politécnico de Bragança, 95.0
6.º Secretariado, Instituto Politécnico de Castelo Branco, 95.0
7.º Restauração e Catering, Instituto Politécnico da Guarda, 95
8.º Design de Ambientes, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, 95.0
9.º Animação Turística, Instituto Politécnico de Leiria, 100.0
10.º Geologia, Universidade de Coimbra, 100.5

Ler mais em: https://magg.sapo.pt/atualidade/atualidade-nacional/artigos/ensino-superior-os-10-cursos-superiores-com-media-mais-alta-e-os-10-com-media-mais-baixa 

ACESSO AO ENSINO SUPERIOR 2020

 


:ENTROU NO ENSINO SUPERIOR? CONSULTE AQUI

Havia 62.561 candidatos. E 82% foram já colocados na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público. Ou seja, 50.964 estudantes têm lugar garantido numa universidade ou politécnico. Consulte aqui a nota do último colocado em cada curso. Se era candidato e tem uma classificação de acesso igual ou superior, entrou. Das mais de 56 mil vagas que estavam em jogo sobram, para a 2.ª fase, pelo menos seis mil. Nestas listas pode saber em que formações ainda há lugares disponíveis. O prazo para as candidaturas arranca nesta segunda-feira, 28 de Setembro.


Fonte: https://www.publico.pt/sociedade/interactivo/resultados-concurso-nacional-acesso-ensino-superior-2020

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Formação “O Docente de educação especial na promoção da Educação Inclusiva”

 Dando continuidade às atividades desenvolvidas pela Direção-Geral da Educação, no âmbito da formação, vai mais uma vez esta Direção-Geral, com o apoio do POCH, promover um curso de formação para docentes de educação especial.



Este curso de formação, acreditado pelo CCPFC, tem a duração de 25H e o regime de frequência será a distância síncrono.

Este curso de formação terá início durante o mês de outubro de 2020, pelo que se sugere o registo prévio no Portal da Formação da DGE, caso ainda não se encontre registado/a, em: http://formacao.dge.min-educ.pt

Brevemente serão disponibilizados os links para as inscrições.

A seleção dos/as candidatos/as será feita de acordo com a ordem de inscrição e terá em consideração a localidade do agrupamento/escola onde exerce funções.

Oportunamente serão dadas mais informações relativas ao processo de inscrição de candidatos à frequência da formação.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Publicações da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e Educação Inclusiva

A Agência Europeia para as Necessidades Especiais e Educação Inclusiva divulga as seguintes publicações:
Agency eBulletin and RSS news feed: https://www.european-agency.org/news/subscription

MOOC Eucação Inclusiva 2020

 A Direção-Geral da Educação vai lançar a 2.ª edição do MOOC Educação Inclusiva no próximo dia 28 de setembro de 2020, através da plataforma NAU.

Trata-se de uma versão revista e com caráter mais prático do MOOC realizado no início de 2019 e que pretende apoiar os professores na operacionalização do regime jurídico da Educação Inclusiva.

O MOOC Educação Inclusiva está estruturado em três módulos nucleares, cujos conteúdos incidem sobre opções metodológicas (abordagem multinível e desenho universal para a aprendizagem), recursos organizacionais específicos, avaliação e adaptações, entre outros.

O curso terá a duração de cerca de um mês, correspondendo 25 horas de trabalho.

Ao longo do curso, os participantes terão oportunidade de aprofundar o seu conhecimento sobre o atual quadro da Educação Inclusiva, refletir sobre as suas práticas pedagógicas, bem como partilhar ideias e atividades.

A conceção do curso foi orientada para os professores em geral, encontrando-se aberto à comunidade educativa.

Esta formação não está acreditada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, mas a sua conclusão permite a obtenção de um Certificado de Conclusão do Curso.

Veja a vídeo de apresentação do MOOC Educação Inclusiva.

Inscrições: faça a sua inscrição neste endereço. Serão aceites inscrições até final do primeiro módulo de introdução ao curso (4 de outubro).

Contacto para dúvidas sobre a organização do curso - MOOC-EI@dge.mec.pt

Contacto para dúvidas sobre o acesso à Plataforma NAU – ajuda@nau.edu.pt

Fonte: DGE