sábado, 31 de janeiro de 2015

Checklist de Avaliação da Consciência Linguística

Avaliação da Consciência Linguística, adaptada de Sim-Sim, 2001 - Uma boa ferramenta de trabalho para avaliar alunos do 1º Ciclo com dificuldades ao nível da Consciência Linguística, como por exemplo, alunos com Dislexia apoiados no âmbito da Educação Especial.

Objetivo: Pretende-se avaliar a capacidade linguística nos seus aspetos fonológicos, semânticos e sintáticos.

Para aceder ao documento clique na seguinte hiperligação - Checklist de Avaliação da Consciência Linguística.pdf












Ler mais em http://obaudoeducador.blogs.sapo.pt/avaliacao-da-consciencia-linguistica-29281






Fonte: blogue olhares 

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Escolas do ensino básico e secundário vão ter mais pessoal não docente.

A partir do próximo ano lectivo, as escolas do ensino básico e secundário vão ter mais pessoal não docente.

O Ministério da Educação (MEC) vai publicar "muito em breve" uma portaria para redefinir e reduzir o rácio de alunos por auxilar de acção educativa. A garantia foi dada à FNE, que ontem reuniu com a tutela. De acordo com o secretário-geral do sindicato, João Dias da Silva, será definido em portaria o rácio de um funcionário por cada 48 alunos. Além disso, baixa para 21 alunos o patamar mínimo que permite aos estabelecimentos de ensino terem pessoal não docente.

A lei em vigor dita que as escolas com menos de 48 alunos não tenham qualquer técnico auxiliar. Com a nova portaria, as escolas entre 21 e 96 alunos, por exemplo, passam a ter dois funcionários. Outra da alterações passa por deixar de se ter em consideração "apenas o número de alunos da sede do agrupamento, mas a totalidade dos alunos do agrupamento" explicou Dias da Silva. Esta alteração vai ao encontro das exigências da Federação de Sindicatos da Função Pública que no mês passado enviou uma carta ao ministro da Educação a criticar a falta de pessoal não docente nas escolas e ameaçando com greve, caso o rácio que estipula o número de funcionários não fosse alterado. Também as escolas há muito que reclamam mais pessoal auxiliar e, para Filinto Lima, "o ideal seria se o MEC abrisse vagas para que estes funcionários que estão na escola todo o ano entrassem nos quadros". Desta forma, as escolas "teriam muito mais estabilidade". O pessoal não docente no 1º ciclo é contratado pelas autarquias mas o Governo quer passar a gestão dos funcionários auxiliares de todos os anos escolares para as autarquias.

Fonte: Diário Económico

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Houve mais alunos com NEE dispensados dos exames nacionais em 2014

O número de alunos do ensino básico com Necessidades Educativas Especiais (NEE) que em 2014 foi autorizado a realizar provas a nível de escola em vez de exames nacionais aumentou por comparação ao ano anterior. No ano passado, segundo dados recentemente divulgados pelo Júri Nacional de Exames (JNE), foram realizadas 14.349 provas a nível de escola no 4.º, 6.º e 9.º ano. Em 2013 tinham sido 10.757.

Como em cada um destes anos existem duas provas finais (Português e Matemática), o número de alunos abrangidos passou de cerca de cinco mil para sete mil. Este aumento é entendido pelo JNE como fazendo parte de “uma variação normal registada de ano para ano”, segundo um esclarecimento enviado ao PÚBLICO. No seu relatório sobre as provas de 2013, o JNE informava que tinham sido realizadas 6566 por alunos com NEE do básico. Afinal foram 10.757, corrigiu agora o JNE, explicando que o número que consta do relatório resultou de “uma gralha na soma”.

A substituição dos exames por provas elaboradas pelas escolas tendo em conta as necessidades específicas dos jovens com NEE só tem sido autorizada, nos últimos anos, em “casos excepcionais”. Em 2014 esta listagem passou de novo a incluir as “limitações do domínio emocional e de personalidade”, o que inclui as crianças com autismo. Os outros “casos excepcionais” são os de “alunos cegos, com baixa visão, surdos severos ou profundos, com limitações motoras severas ou com limitações do domínio cognitivo”.

No ano passado, pela primeira vez, as escolas foram obrigadas a registar, numa nova plataforma informática, todos os alunos com NEE que estariam em situação de beneficiarem de condições especiais na realização de exames. Foram registados 18 mil alunos, dos quais 1680 do secundário. O JNE só analisou os processos dos alunos deste nível de ensino porque a competência para autorizar a realização e condições especiais lhe pertence. No básico são os directores que decidem.

Foram indeferidos 149 processos, dos quais 127 relacionados com casos de dislexia. Entre os processos aprovados, a justificação mais recorrente (602 casos) foi a de existência de necessidades especiais de saúde resultantes de situações clínicas.

“É de realçar que dos processos analisados relativos a situações clínicas, 102 são de alunos com diabetes, número que, ano a ano, tem vindo a aumentar”, sublinha o JNE no seu relatório sobre as provas de 2014. Estes alunos poderão, por exemplo, ser autorizados a pequenas interrupções nas provas para ingestão de alimentos. O segundo grupo com maior peso entre os processos deferidos (573) foi o de alunos com dislexia. Em 2013 estavam em primeiro lugar com 739 casos.

Tanto no básico como no secundário os alunos com dislexia passaram, desde 2012, a ser obrigados aos mesmos exames nacionais dos seus colegas sem NEE. As suas provas têm contudo critérios específicos de classificação para evitar uma “penalização dos erros característicos da dislexia”. Nos casos de “dislexia severa” pode ser autorizada a leitura dos enunciados por um dos professores vigilantes.

Dos 1541 processos deferidos em 2014 resultou luz verde para a realização de apenas 155 provas a nível de escola. Segundo o JNE, este número “perfeitamente residual” justifica-se pelo facto de, neste nível de ensino, os alunos com NEE serem obrigados a realizar os exames nacionais caso queiram prosseguir estudos no ensino superior.

Numa recomendação recente, o Conselho Nacional de Educação (CNE) alertava para o facto de muitas escolas secundárias se estarem a debater “com dificuldades, ao nível da prática e das condições necessárias, para responder ao novo desafio” que representa a permanência de mais alunos com NEE nestes estabelecimentos, devido ao aumento da escolaridade obrigatória para 12 anos. Em 2009/2010 estavam identificados no secundário 1314 alunos com NEE, um número que em 2013/2014 subiu para 6106. Segundo dados reproduzidos pelo CNE, neste período de tempo o número total de alunos com NEE mais do que duplicou, passando de 20.747 para 56.886.


Fonte: Público

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Concurso Pessoal Docente 2015/2016 nos Açores

Governo dos Açores anunciou a abertura este ano de 97 vagas para professores nas escolas da região no âmbito do concurso extraordinário de colocação, 29 das quais para a Educação Especial.

CIE
CEE
Fonte:

Nova bengala para cegos detecta obstáculos que causam todos os anos centenas de acidentes

Nova bengala para cegos detecta obstáculos que causam todos os anos centenas de acidentes Uma bengala que utiliza ultra-sons para detectar buracos e declives com o objectivo de ajudar pessoas com deficiência visual está a ser desenvolvida na Universidade de Aveiro (UA).

A bengala, já em fase de protótipo, produz vibrações no punho avisando com isso o utilizador que se aproxima, por exemplo, de uma escadaria ou de um buraco no pavimento.


O projecto nasceu no Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) como resposta a um desafio lançado à academia de Aveiro pela Associação Promotora do Ensino dos Cegos (APEC) que quer acabar com as centenas de acidentes sofridos anualmente pela população invisual portuguesa, muitos dos quais com consequências graves, derivados dos obstáculos indectetáveis com uma normal bengala.

«A bengala desenvolvida na UA é, sem qualquer dúvida, uma grande ajuda para as pessoas com deficiência visual porque dá muito mais informação do que as bengalas existentes», congratula-se Victor Graça, presidente da APEC.

O responsável pela associação mais antiga dedicada aos cegos portugueses (foi fundada em 1888) aponta que os avisos lançados pela bengala para a existência de obstáculos ao nível do chão «são uma grande mais-valia para esta população».

«Dado que a informação possível de obter com esta bengala é muito maior do que a que é possível obter com as que actualmente existem no mercado, quanto mais informação a pessoa cega ou amblíope tiver menos acidentes existem», aponta Victor Graça lembrando que as barreiras abundam por todo o país: «Basta pensarmos, por exemplo, na enorme quantidade de carros estacionados em cima do passeio, nas esplanadas, nos buracos, nas obras não sinalizadas ou nos caixotes do lixo.»

Para já, os obstáculos suspensos ao nível da cabeça do utilizador não são ainda detectados pelo protótipo do DETI. No entanto, essa funcionalidade será objecto de futuros desenvolvimentos. A expectativa dos investigadores da UA é também criarem um produto acessível com um preço que ronde os 100 euros. «O custo das que se fabricam no estrangeiro [com funcionalidades similares] são vendidas no nosso país por um valor que as pessoas com deficiência por norma não conseguem pagar de modo nenhum», diz Victor Graça salientando o preço mais acessível da bengala da UA como outra das grandes vantagens do projecto.

«Esta bengala ganhou forma por solicitação da APEC que nos propôs o desenvolvimento de uma bengala que reduzisse duas das principais necessidades de quem as utiliza: a detecção de buracos e desníveis no chão e a detecção de obstáculos ao nível da cabeça», lembra José Vieira, investigador do DETI e coordenador do projecto que contou com a participação dos estudantes Nuno Dias e o Pedro Rosa.

Outro requisito apontado pela APEC foi a colocação na bengala de LEDs de alto brilho que sinalizem a presença da pessoa com deficiência visual ao anoitecer e de forma automática, funcionalidade já implementada pelos investigadores do DETI. «Também está pensado o desenvolvimento de uns óculos com sensores de ultra-sons e de um altifalante paramétrico para a detecção de obstáculos. No entanto, estes dispositivos ainda estão numa estado embrionário de desenvolvimento», aponta José Vieira.

A bengala do DETi tem incorporado um emissor de ultra-sons que envia um sinal que é reflectido pelo solo. Dois recetores de ultrassons detectam o eco e medem o tempo entre a emissão e a recepção. A partir deste tempo consegue-se saber a distância ao solo. Quando esta ultrapassa um determinado valor, o punho da bengala vibra. «A electrónica utilizada é de ultra-baixo consumo de modo a prolongar ao máximo a duração das baterias», explica José Vieira lembrando que «numa primeira versão incluiu-se uma célula fotovoltaica para prolongar a duração das baterias».

Actualmente, no mercado, já existem bengalas que utilizam ultra-sons para a deteção de obstáculos, mas a adesão é nula. Os motivos, aponta José Vieira e a própria APEC, prendem-se com a «pouca fiabilidade na detecção de obstáculos e o preço elevado». O facto de não serem articuláveis também em nada ajuda à respectiva adopção.

Jorge Anjos, funcionário da UA e invisual, a pedido do DETI já experimentou a bengala e tem ajudado os investigadores a melhorá-la. «Os primeiros passos estão dados. Agora é preciso não parar», aponta.

Para o futuro próximo, Jorge Anjos já alertou os investigadores para a necessidade da bengala «poder ser articulada para quando um cego necessitar de a dobrar, que os sensores [instalados na extremidade da bengala que perscruta o chão] devem estar colocados de forma a que o utilizador possa executar normalmente as técnicas de manuseamento da bengala e, já agora, que possam também identificar obstáculos em altura». Melhorias que a equipa de José Vieira já está a implementar.


Fonte: diário digital