terça-feira, 20 de março de 2012

Escola é desafio para crianças com paralisia cerebral

Escolas com boas práticas na integração de crianças com paralisia cerebral são "uma exceção", diz diretora da APCSM

A maior dificuldade de integração com a qual as crianças com paralisia cerebral se deparam acontece na escola e quando há transição de ciclos, revelou Teresa Mano da Costa, presidente da direção da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel (APCSM).
Segundo considerou, há escolas "com boas práticas na integração e no percurso académico" no que diz respeito às crianças com paralisia cerebral", contudo, quase que as podemos considerar uma exceção".
Como explicou, a paralisia cerebral ocorre antes, durante ou após o nascimento. Não é uma doença mas sim uma lesão no cérebro causada por falta de oxigénio nas células cerebrais, o que provoca perturbações a nível de postura e movimento, podendo afetar também a visão, a audição e a fala. Esta condição pode causar ainda dificuldades de aprendizagem e défice de atenção.
"É urgente chamar a atenção de quem intervém, sobretudo no sistema educativo, de que quando vão para a pré-primária e seguintes, há a necessidade dos professores e educadores desenvolverem, com eles, a atitude comunicativa e usarem meios alternativos e/ou aumentativos de comunicação", afirmou Teresa Mano da Costa, sublinhando que a associação tem sempre o cuidado de perceber a legislação e os direitos destas crianças.
As crianças com esta condição carecem de uma atenção especial no que toca ao desenvolvimento linguístico, cognitivo e social: "Estas crianças desenvolvem a linguagem ao nível da receção mas, como não falam, muitas vezes as pessoas que cuidam delas podem ser levadas a pensar que não é necessária a estimulação a este nível", contou a presidente da associação. Em sua opinião há ainda uma falta de sensibilização e desconhecimento por parte das pessoas relativamente à paralisia cerebral, uma vez que a própria denominação da condição induz em erro. Isto porque o cérebro apresenta dificuldade em conduzir a função motora mas não está paralisado.


Fonte:Açoriano Oriental - Carla Ormonde - Notícias » Actualidade - 20 / 03 / 2012 - 10 : 34

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