O Estado está a conseguir reduzir o número total de funcionários e ex-empregados que passaram à reforma, mas ainda tem de pagar salários e pensões a um total de um milhão de pessoas: aos que estão no sector público e aos que por lá passaram.
Entre o início de 2011 e o final de março deste ano (um ano e três meses), o Estado reduziu 54,4 mil empregos, sendo no entanto responsável pelo pagamento de salários e pensões de velhice e de invalidez (a ex-funcionários) de 1.064.194 pessoas, indicam dados do Ministério das Finanças.
Claro que este número sobe de forma significativa contando com os reformados do sector privado, que rondarão os 1,8 milhões de pessoas.
Assim, ao todo, existem em Portugal quase três milhões de pessoas cuja forma principal de rendimento provêm diretamente dos cofres públicos.
É, contudo, visível que em 2011 e os primeiros três meses deste ano, período amplamente marcado ajustamento da troika, há sinais de emagrecimento mais rápido. O emprego caiu mais, o contingente da Caixa Geral de Aposentações (CGA) começou a crescer menos do que no passado.
Olhando apenas para o universo de funcionários e ex-funcionários percebe-se que há mudanças a acontecer. A começar pelo emprego público.
O número de funcionários subiu ao longo de décadas, tendo atingido um máximo de 747.880 trabalhadores em 2005. Mas desde então todos os anos foram marcados por fortes reduções de efetivos por via das reestruturações de serviços, da aplicação de regras mais rígidas à contratação, dos outsourcings de serviços, das privatizações.
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