Portugal precisa de dois mil novos enfermeiros especializados na área da saúde mental para fazer face a uma problemática que afeta 18% da população e que tende a agravar-se por causa da crise, defendeu esta sexta-feira
um especialista.
Segundo Joaquim Passos, professor da Escola Superior de Saúde do Vale do Ave,
em Portugal só existem, neste momento, mil enfermeiros especializados em saúde
mental, o que fica "muito aquém" das necessidades.
"Sobretudo agora, com a crise, que vem agravar a problemática da saúde
mental. As depressões estão a subir a pique, as perturbações de ansiedade e de
humor são cada vez mais", referiu.
O responsável disse que o aumento do número de enfermeiros especializados
também é necessário para a mudança de paradigma no tratamento" dos doentes
preconizado no Plano Nacional de Saúde Mental 2007/2016.
Explicou que a mudança de paradigma passa pelo fim dos grandes hospitais
psiquiátricos, outrora conhecidos como hospícios ou manicómios, para diminuir o
estigma da institucionalização, e pela aposta num tratamento "de proximidade,
mais concentrado na comunidade em que o doente está inserido, sempre que
possível no seio familiar".
Um tratamento que "terá de passar por uma monitorização e acompanhamento
permanentes", para evitar que os doentes tenham necessidade de voltar a ser
institucionalizados.
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Completo Fonte: jn online |
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