No Orçamento do Estado para 2012, os encargos com pessoal representaram 62% da despesa consolidada do Ministério da Educação e Ciência.
Mais de metade da despesa do Ministério da Educação - 62% - diz respeito a encargos com pessoal, sendo na maioria professores. Segundo o Orçamento do Estado para 2012, na tutela de Nuno Crato é esta a maior fatia de despesas, que atinge um valor consolidado de 5.087 milhões de euros para um universo de mais de 150 mil professores.
Recorde-se que a despesa total do Ministério da Educação e Ciência em 2012 atingiu, este ano, um montante de 8.182 milhões de euros. Menos 864 milhões de euros (um decréscimo de 9,6%) face a 2011. A redução inclui os cortes nos subsídios de férias e de Natal em vigor este ano.
Tal como para toda a Função Pública, os professores com salários mensais superiores a 1.500 euros brutos sofreram um corte médio de 5%, desde 2011.
O último relatório da Comissão Europeia, "Eurydice", revela que os professores portugueses são dos mais afectados pelos cortes salariais, entre os 32 países analisados, à semelhança dos irlandeses, gregos, espanhóis e eslovacos. No entanto, a OCDE, no relatório "Education at a Glance", revela que - até às medidas de austeridade - os salários dos professores, em Portugal, subiram 25% entre os anos 2000 e 2010, e que os docentes chegam a ganhar mais 19% do que licenciados a trabalhar noutras áreas. Indicador que coloca o país acima da média de 21% observada nos 36 países da OCDE.
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