sábado, 28 de junho de 2014

Professores portugueses querem mais formação em educação especial

A educação especial é a área de ensino na qual os professores portugueses mais sentem falta de formação, com 26,5% dos inquiridos num estudo da OCDE a revelar um "elevado nível" de necessidade de desenvolver competências nesta matéria.
No inquérito TALIS 2013 (Teaching and Learning International Survey) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), hoje divulgado, a organização internacional, que inquiriu professores do 3º ciclo de mais de 30 países para este relatório, revela que o número de docentes portugueses que sentem falhas na formação em educação especial e que admitem precisar de desenvolver mais competências é superior à média do conjunto dos países inquiridos, que se fixa nos 22,3%. 

Recentemente, uma recomendação do Conselho Nacional de Educação relativa a políticas públicas de educação especial denunciou a falta de qualidade da formação de professores de educação especial, um ponto de vista partilhado pelo grupo de trabalho criado pelo Governo para rever a legislação da educação especial e que apresentou as conclusões do seu trabalho a 11 de junho.
O inquérito da OCDE vem agora sublinhar que mais de um quarto dos professores portugueses admite ter fragilidades de formação nesta área.

Gestão e administração escolar (14,1%) e ensinar em contextos multiculturais e multilingues (16,8%) são as outras duas áreas mais referidas pelos professores como aquelas em que gostariam de adquirir mais competências, e também nestes casos Portugal fica acima da média do conjunto de países inquiridos.

O TALIS 2013 revela ainda que apenas 35,5% dos professores portugueses afirmou ter tido acesso a um programa de formação inicial formal no seu primeiro ano a lecionar, abaixo da média de 48,6% da OCDE.
Quanto à formação contínua, 88,5% dos docentes portugueses indicou ter desenvolvido atividades nesse sentido nos últimos 12 meses.

A figura de professor-mentor tem pouca expressividade entre a classe docente em Portugal: apenas 4,3% dos professores têm um colega como mentor, contra uma média da OCDE de 12,8%.

No que diz respeito aos efeitos da avaliação na atividade dos professores, 38,5% admitem que o retorno que recebem relativamente ao seu trabalho aumentou o número de horas de formação que frequentam (45,8% média da OCDE) e quase metade dos inquiridos em Portugal (48,9%) referiu que ser avaliado melhorou a sua prática profissional (62% média da OCDE). 

 
Fonte: SIC notícias

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