domingo, 31 de março de 2013

Aprovada uma nova possibilidade de formação escolar, profissional ou dupla certificação das pessoas com deficiência e incapacidade

 

Foi aprovada a Portaria n.º 135-A/2013, de 28 de março, que regula a criação e o regime de organizaçãoe funcionamento dos Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP), possibilitando formação escolar, profissional ou dupla certificação para as pessoas com deficiência e incapacidade (e também alunos com NEE de caráter permanente), segundo o disposto no artigo 32º do referido diploma, o qual se transcreve:

(...) «Artigo 32º - Jovens e adultos com deficiência e incapacidade
 



1 - A aplicação das normas previstas na presente portaria é efetuada, com as necessárias adaptações, aos jovens e adultos com deficiência e incapacidade, designadamente, quanto à elaboração do plano estratégico de intervenção, às matrizes e provas de certificação de competências e à definição do número de técnicos de ORVC que constituem a equipa, atendendo à integração de um técnico da área da reabilitação e da deficiência.

2 - O modelo de apoio aos CQEP que incluam jovens ou adultos com deficiência e incapacidade é operacionalizado entre os organismos da área da solidariedade e da segurança social com atribuições na área da deficiência e reabilitação e a ANQEP, I.P. e consta de despacho do membro do governo com competência na área da solidariedade e da segurança social.

3 - A entidade de referência para a área da deficiência e incapacidade é o Instituto Nacional para a Reabilitação, I. P. (...)

sexta-feira, 29 de março de 2013

Como trabalhar com um aluno daltónico?

El DaltonismoO daltonismo (também chamado de discromatopsia ou discromopsia) é uma perturbação da percepção visual onde se vê várias cores caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho.
 
Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos órgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica.
 
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O daltonismo é uma deficiência visual hereditária que dificulta a percepção das cores - na maioria dos casos, verde, vermelho e azul. Ao se deparar com a situação, proponha que a família leve a criança para um exame de acuidade visual.
 
Na escola, organize a rotina para que ela aprenda as cores. Uma dica é colar nos lápis etiquetas com nomes ou símbolos que identifiquem os tons. Na hora de desenhar, ajude o aluno a identificar as cores, mas deixe que ele escolha o que quer usar. Preste especial atenção nas situações em que reconhecer a cor é importante para realizar atividades e compreender conceitos - como na interpretação de gráficos. Cuidado com instruções como "pinte de azul" e "observe no mapa a extensão verde". Nesses casos, enfatize oralmente o que deve ser feito ou observado sem se pautar apenas nas cores.
 
 
 
 
 
Consulte mais informação em:
 
  • Daltonismo e Acessibilidade na Web Artigo com ilustrações

  • Teste de Ishihara online (em inglês)

  • Simulador de daltonismo (em inglês)
  • Código de símbolos nas provas finais (avaliação externa) apoia os alunos daltónicos

    ANO LETIVO 2012/2013 JÁ INCLUI CÓDIGO COLORADD PARA ALUNOS DALTÓNICOS
    As provas de avaliação externa em que a cor é fator determinante para a leitura do enunciado e para a produção da resposta vão incluir já este ano o código ColorADD, na sequência de um protocolo assinado hoje entre o Gabinete de Avaliação Educacional, a Direção Geral da Educação e a ColorADD, e homologado pelo Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho.

    A disponibilização deste recurso educativo, livre de custos para o Ministério da Educação e Ciência, justifica-se pela mais-valia que constitui a possibilidade de assegurar condições de equidade no universo de alunos portadores de daltonismo. O daltonismo é uma limitação que afeta 10 por cento da população mundial masculina -aproximadamente 350 milhões de pessoas.


    O código ColorADD é um sistema de identificação das cores, desenvolvido com base nas três cores primárias, representadas através de símbolos gráficos. Assenta num processo de associação lógica, através do conceito de adição das cores, que permite ao daltónico relacionar os símbolos e identificar facilmente toda a paleta de cores. O branco e o preto surgem para orientar as para as tonalidades claras e escuras.

    A opção de utilizar o código, enquanto sistema complementar à legendagem de mapas, figuras ou esquemas, tem por base um critério simples, intuitivo e de fácil memorização, o que o torna um recurso que, em contexto escolar e também em situação de avaliação externa, permite incluir sem discriminar.

    Tendo como finalidade assegurar uma eficiente utilização do código por parte dos alunos daltónicos, foi concebido um plano nacional de acompanhamento às escolas, no âmbito do qual os profissionais que integram os Centros de Recursos TIC para a Educação Especial (CRTIC) assumem a primeira linha de apoio aos docentes que trabalham diretamente com os alunos daltónicos.

    Norteando a sua ação pelo princípio de que nenhum aluno deverá estar limitado no seu acesso à leitura e à informação escrita devido a condições de deficiência ou incapacidade, o Ministério da Educação e Ciência tem vindo a apostar de forma clara no incentivo à produção de materiais de leitura em formatos acessíveis a alunos com necessidades educativas especiais. Nesse sentido, disponibiliza-se um recurso educativo que procura garantir a plena integração do público daltónico sempre que a cor seja um fator determinante na comunicação e na aprendizagem.

    Também este ano, pela primeira vez, os enunciados das provas finais de ciclo e dos exames finais nacionais dirigidos a alunos cegos e com baixa visão serão apresentados em formato Daisy (Digital Accessible Information System), ou em documento com Entrelinha 1,5, em formato PDF.

    Estas duas soluções, a utilizar em alternativa, considerando o enquadramento específico das necessidades de cada aluno, constituem a resposta técnica que visa contribuir para a melhoria das condições operacionais de realização de provas e de exames. Salvaguarda-se a possibilidade de, em 2013, e com carácter transitório, os alunos que não reúnam condições para realizar as provas em formato Daisy poderem realizar provas transcritas em Braille.

    Recorde-se que os alunos com necessidades educativas, em geral, podem usufruir de condições especiais na realização das provas finais de ciclo do ensino básico e nos exames finais nacionais do ensino secundário, nomeadamente, maior tolerância de tempo, utilização de tecnologias de apoio e auxiliares técnicos de leitura, presença de intérprete de língua gestual portuguesa (alunos surdos), utilização de equipamento ergonómico, reescrita da prova, entre outras condições. As provas poderão sofrer também algumas adaptações formais na sua estrutura e formulação dos itens, relacionadas com as características dos alunos com necessidades educativas especiais, por exemplo, provas em Braille.

     

    quarta-feira, 27 de março de 2013

    Síndrome Cornélia de Lange

    O CdLS apresenta um espectro de leve ou moderado a grave. As características físicas típicas são o atraso de crescimento pré e pós natal, atraso do desenvolvimento psicomotor, microcefalia, baixa estatura e hipertricose. Os doentes têm dismorfia facial característica, com sinófrio (sobrancelhas unidas ao centro), pestanas longas, lábio superior fino, comissuras labiais inclinada para baixo, narinas antevertidas e filtro liso.
    Anomalias dos membros superiores vão desde mãos pequenas até malformações graves como ausência de dedos ou da mão; é frequente a sinostose rádio-cubital. São muito frequentes as alterações esofagogástricas, particularmente o refluxo gastroesofágico, estenose pilórica e hérnia do hiato, que aumentam a predisposição para pneumonias de aspiração. Podem estar presentes anomalias oculares, genitourinárias (criptorquidia, malformações do tracto urinário), cardiopatia congénita estrutural e alterações do sistema nervoso central. Até 80% tem surdez e muitos doentes têm alterações do comportamento.
    O CdLS é uma doença hereditária autossómica dominante, na maioria dos casos esporádica, com um risco de recorrência de 1,5%. Verificam-se alguns casos com hereditariedade ligada ao X. Até 50% dos doentes com um diagnóstico clínico tem mutações no gene NIPBL (localizado no cromossoma 5, em 5p13.1). O diagnóstico de CdLS é clínico; a não identificação de uma mutação não exclui o diagnóstico.

    A criança deve ser prontamente referenciada para uma equipa de intervenção precoce para avaliação do desenvolvimento e início de programa de estimulação.

    O seguimento dos doentes com CdLS deve ser feito por uma equipa multidisciplinar em centro de referência que inclua Pediatria de Desenvolvimento, Genética, Neuropediatria, Gastrenterologia Pediátrica, Oftalmologia, ORL e Estomatologia, assim como equipa de estimulação global, terapia da fala e fisioterapia.
     
     

    Portugal reabilita escola para cegos na Guiné-Bissau

                   
    Portugal reabilita escola para cegos na Guiné-Bissau O apoio, através do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, permitiu a reabilitação de três salas de aula e respectivas instalações sanitárias e a construção de outras tantas salas e mais cinco sanitários.  

     
    Segundo fonte da cooperação portuguesa, foram ainda construídos mais quatro gabinetes de direcção, duas oficinas de formação profissional, uma cozinha, entre outras estruturas de apoio, numa área de cerca de 400 metros quadrados.
    Portugal ofereceu também mesas e cadeiras para as salas de aula. A ‘Escola Bengala Branca’ pertence à Associação Guineense de Reabilitação e Integração dos Cegos - AGRICE, que faz parte de 18 associações da sociedade civil que integram a Rede de Protecção Social da Guiné-Bissau, apoiada pela Cooperação Portuguesa.
     

    segunda-feira, 25 de março de 2013

    Tese de Mestrado - Avaliação dos distúrbios da linguagem no autismo infantil

    Ano 2011: Tese de Mestrado - Avaliação dos distúrbios da linguagem no autismo infantil

     
    Resumo: O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento caracterizada por défices na interacção social e comunicação, e comportamentos repetitivos e interesses restritos. Esta perturbação é quatro a cinco vezes mais frequente no sexo masculino. Apesar de não existirem evidências suficientes sobre a sua causa, pensa-se que esta perturbação tenha uma forte base genética. O atraso ou ausência total do desenvolvimento da linguagem é geralmente o primeiro sinal de alarme para a perturbação autística (geralmente nos primeiros três anos de vida) e está entre os principais critérios para diagnosticar a perturbação autística. O desenvolvimento da linguagem nos primeiros cinco anos, assim como o QI, são fortes indicadores prognósticos. Uma linguagem muito limitada por volta dos cinco anos de idade constitui um forte indicador de grave incapacidade na idade adulta. Assim, intervenções como a terapia da fala, com a finalidade de desenvolver uma comunicação funcional são uma prioridade na educação das crianças com autismo. As crianças com perturbação autística demonstram dificuldades na capacidade de utilizar a linguagem como meio de comunicação, apresentando défices na aquisição do sistema linguístico e na compreensão e utilização das regras de um ou mais subsistemas linguísticos (fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e pragmáticas). As dificuldades mais acentuadas geralmente são notadas na semântica e na pragmática. Perante as características de cada criança (incapacidade de falar, ou falar apenas dos assuntos pelos quais têm interesse, com um vocabulário pouco ou bem desenvolvido) é necessário criar um programa terapêutico. Este consiste numa terapia individualizada e específica, podendo ter como base o programa TEACCH, ABA, ou PECS, consoante as necessidades de cada criança. A terapia da fala tem maior probabilidade de obter melhores resultados se for iniciada em idade pré-escolar, se envolver a família e profissionais de saúde e educação e se forem realizadas avaliações periódicas. Assim, deve ser realçada a importância da aplicação de ferramentas de avaliação e tratamento na área da linguagem, de forma a permitir à criança maiores ganhos do desenvolvimento linguísticos e consequente autonomia social, académica ou profissional. Com o objectivo de avaliar os distúrbios da linguagem no autismo infantil da população do CHCB, analisaram-se os casos das crianças autistas que foram acompanhadas na Terapia da Fala do Serviço de Pedopsiquiatria do CHCB desde 2002. A identificação/avaliação dos perfis linguísticos e das principais dificuldades na área da linguagem foram também objectivos propostos para esta análise.
     
    Arbitragem científica: yes
    URI: http://hdl.handle.net/10400.6/963
    Aparece nas colecções:
    FCS – DCM – Dissertações de mestrado nacionais
    Ficheiros deste registo:
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    sábado, 23 de março de 2013

    População que pode necessitar de Comunicação Aumentativa e Alternativa

    Existem apoios específicos para crianças e alunos com NEE como os Sistemas de Comunicação Aumentativos e os sistemas Alternativos.

    Os Aumentativos:
     existem quando há fala, mas há défices que justificam utilizar meios para além da fala. Estes sistemas podem ser ainda com apoio, com ferramentas que ajudam a comunicação ou sem apoio, expressa com o corpo.

    Os Alternativos: utilizam-se quando não há fala. Neste caso, utilizam-se outros instrumentos para comunicar.
     
     
    São exemplos destes sistemas os:
    • PIC
    •                                                                                                       SPC
    • BRAILLE
    • Língua Gestual Portuguesa (LGP)
    • MAKATON
    Fonte: Blogue TIC e Necessidades educativas Especiais

    População que pode necessitar de Comunicação Aumentativa e Alternativa

    A utilização de Comunicação Aumentativa e Alternativa não está dependente da idade ou das capacidades mentais. Todas as pessoas poderão vir a precisar, a dada altura da sua vida, de uma forma de suporte à Comunicação. As pessoas que usam um sistema alternativo e aumentativo de comunicação podem ter doenças congénitas/desenvolvimento:
    • Paralisia Cerebral;
    • Perturbações Cognitivas;
    • Surdos-Cegos;
    • Perturbações do Espectro do Autismo;
    • Dispraxias;
    • Perturbações Específicas da Linguagem;
    • Síndromes Genéticos;
    Podem também ser doenças/incapacidades adquiridas:
    • Traumatismo Craneo-Encefálico;
    • Acidente Vascular Cerebral;
    • Lesões da Espinal-medula;
    • Laringectomia/Glossectomia;
    • Asfixia;
    • Doenças Neurológicas Progressivas (doença de Alzheimer, Esclerose Lateral Amiotrófica, Síndroma de Guillain-Barré, Doença de Huntington’s, Esclerose Múltipla, Distrofia Muscular, Doença de Parkinson, entre outras).

    sexta-feira, 22 de março de 2013

    Pela defesa do trabalho e/ou emprego das pessoas com Síndroma de Down

    O Dia Mundial da Síndroma de Down foi assinalado pela primeira vez em 2006 em vários países, entre eles Portugal, com o lançamento do site na internet World Down Syndrome Day.

    A 19 de Dezembro de 2011, a Assembleia-Geral das Nações Unidas acabou por declarar o dia 21 de Março como o Dia Mundial da Síndroma de Down para sensibilizar o público para os direitos dos portadores deste síndroma.

    Na ocasião, Ban Ki-Moon, o Secretário-Geral das Nações Unidas, sublinhou “que as pessoas com síndroma de Down têm o direito ao gozo total e efetivo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais”.
    A trissomia 21 é uma doença provocada por um cromossoma adicional no par 21, anomalia que faz com que as pessoas tenham características físicas específicas e um ligeiro défice cognitivo.
     
     
    Assista a este vídeo para conhecer exemplos de  vontades e inquietudes destes jovens relativamente ao seu futuro profissional!

    quinta-feira, 21 de março de 2013

    Disgrafia: sinais e manifestações

    Visualize o vídeo para melhor percecionar a disgrafia:
     
    A disgrafia refere-se a uma alteração da escrita que a afeta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. Perturbação na componente motora do ato de escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.
     
    De forma geral, a criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou manifestações secundárias motoras que acompanham a dificuldade no desenho das letras, e que por sua vez a determinam. Entre estes sinais encontram-se uma postura incorreta, forma incorreta de segurar o lápis ou a caneta, demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel, ritmo da escrita muito lento ou excessivamente rápido e ligação entre as letras distorcida.
    Torres, R. M. R. & Fernández P. (2001). Dislexia, Disortografia e Disgrafia. Lisboa: Mcgraw-Hill.

    quarta-feira, 20 de março de 2013

    TRANSFERÊNCIA DE DOCENTES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA A MADEIRA

    pizarra digital educacion especialO Ministério da Educação e Ciência e a Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos da Região Autónoma da Madeira assinaram um acordo de cooperação que visa o desenvolvimento dos mecanismos que permitam que docentes dos grupos de recrutamento de Educação Especial do Continente possam ser candidatos, por transferência, à rede de escolas da Madeira, assim como os docentes da Madeira serem opositores aos concursos que visam a transferência para a rede de escolas do Continente.

    O acordo foi assinado pelo Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, e pelo Secretário Regional da Educação e Recursos Humanos da Madeira, Jaime Freitas, na sequência de uma reunião entre ambos realizada esta manhã nas instalações do Ministério da Educação e Ciência, em Lisboa.

    As duas partes comprometeram-se a concluir a criação das condições necessárias para o cumprimento do acordado até ao final do mês e estipularam ainda que os efeitos decorrentes se verifiquem nos próximos concursos a realizar.

    O mesmo protocolo está também já acordado com o Secretário Regional da Educação, Ciência e Cultura da Região Autónoma dos Açores, Luiz Fagundes Duarte.