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A principal conclusão apresentada é que são os professores mais velhos aqueles que mais utilizam a Internet. De acordo com o relatório "Ensinar com Tecnologia em 2011", 69,1% dos docentes com idades entre os 46 e os 55 anos usam a Internet diariamente e mais do que uma hora em cada acesso. Entre os professores acima dos 55 anos são 67% os que revelam o mesmo comportamento.
Já entre os que têm menos de 25 anos, apenas 28% acede diariamente à Internet e por mais do que uma hora em cada acesso. Ainda entre os professores mais jovens 25% admitem aceder online apenas uma vez por semana por mais do que uma hora em cada ligação.
A justificação apresentada pelo relatório para explicar a discrepância no recurso à Internet entre professores mais jovens e mais velhos é que os mais novos trabalham sobretudo com crianças da primária e pré-primária, alunos com os quais os docentes não sentem tanta necessidade de recorrer a novas tecnologias.
Uma menor presença de equipamento informático nas salas de aula dos alunos de níveis elementares e currículos escolares que dão pouca ênfase às novas tecnologias nestas faixas etárias em muitos países europeus é outra das razões apontadas pelo estudo.
Apesar das diferenças apontadas nos hábitos dos professores consoante as suas idades, o estudo sublinha, no entanto, que ainda assim 72% dos professores que responderam ao inquérito revelaram usar diariamente a Internet, e a quase totalidade dos inquiridos - 96% - afirma recorrer a pelo menos uma ferramenta digital nas suas aulas: 24% utilizam quadros brancos interativos, 22% recorrem a plataformas digitais de ensino e 19% utilizam programas como o Google Maps ou o Skype durante as aulas, ou mantêm um blog de turma.
Quanto aos riscos associados ao uso das novas tecnologias, 95% dos professores admitem que faz parte do seu trabalho educar os alunos sobre o assunto.
Entre as maiores preocupações reveladas pelos docentes neste ponto estão a usurpação de identidade online, apontada como a maior preocupação por 63% dos inquiridos, logo seguida, com 46% das respostas, pelas fotografias tiradas na sala de aula e divulgadas online.
Fonte: Lusa / EDUCARE | 2012-01-11
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