sábado, 25 de janeiro de 2014

Comunicação Alternativa e Aumentativa

De forma a compreender melhor a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), faremos uma pequena introdução sobre este conceito e qual a sua importância nos problemas de comunicação.
A linguagem oral é o meio mais usado para as pessoas falarem entre si, no entanto, quando há dificuldades em oralizar é necessário criar alternativas o mais cedo possível para não pôr em causa o desenvolvimento da criança (Ponte, 2009).

Assim, surge a CAA, como um complemento e/ou substitução da fala , que pretende compensar a dificuldade de expressão (ASHA – American Speech-Language-Hearing Association in Browning, 2008 ).

Este meio de comunicação é usado quando há dificuldades motoras que impedem a aprendizagem ou se verifica dificuldades em falar e escrever (Browning, 2008), pois, e embora muitas crianças aprendem a falar por imitação, quando o desenvolvimento não ocorre dentro da norma, é necessário ensiná-las (Kumin, 2008).

Em casos de défices graves de comunicação, utilizam-se palavras, símbolos e recorre-se ao uso do computador (Ponte, 2009), como por exemplo, nas crianças com Sindrome de Down (Kumin, 2008), com Autismo ou Paralisia Cerebral.

Este tipo de estratégias deve ser usado o mais cedo possível, para permitir o desenvolvimento da autonomia e a participação nas actividades da escola (Ponte, 2009). A maioria das aprendizagens acontecem no período pré-escolar, por isso é vantajoso intervir nesta fase, para evitar dificuldades na aprendizagem no futuro (CERCIFAF, 2009).

Neste sentido, a Intervenção Precoce aparece como uma medida de apoio à criança, em risco de atraso de desenvolvimento ou com necessidades educativas especiais (dos 0 aos 6 anos) e sua família, e tem como objectivo minimizar os efeitos negativos no desenvolvimento da criança (CERCIFAF, 2009).

O envolvimento dos pais na intervenção é muito importante, pois a família necessita de apoio e de aprender a lidar com o problema da criança (CERCIFAF, 2009), sendo necessário haver trabalho de equipa entre a família e médicos (Kumin, 2008).

É preciso ter atenção que a linguagem é parte do dia-a-dia da criança e que deve ser praticada em situações de vida real (Kumin, 2008). Além disso, as actividades realizadas com as crianças devem ser significativas para elas, de forma a participarem de forma activa no quotidiano. A utilização de materiais adequados é um ponto fundamental para lidar no dia-a-dia com estas crianças (Ponte, 2009).

Conclui-se que a capacidade de comunicar põe em causa a aprendizagem escolar e social, por isso, é urgente melhorar os meios de comunicação para que as crianças se possam expressar e brincar, como crianças que são.





Bibliografia
Browning, N. (2008). Curso sobre a comunicação alternativa – falada e escrita. In http://
www.assistiva.com.br/. Acedido em 28 de Dezembro de 2009
· Kumin, Libby (2008). Helping Children with Down Syndrome Communicate Better: Speech and Language Skills for Ages 6-14.
CCC-SLP. In http://www.woodbinehouse.com/. Acedido em 28 Dezembro de 2009.
Ponte, Margarida (2009). Comunicação Aumentativa: Mitos e Preconceitos. In
http://www.fappc.pt/. Acedido em 28 Dezembro de 2009.
· CERCIFAF – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Fafe (2009). O que é a Intervenção Precoce?. In
http://cercifaf.org.pt/web. Acedido em 28 Dezembro de 2009.


Fonte: blogue comunica.especial

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