terça-feira, 27 de novembro de 2012

Propostas da FENPROF para reorganização da Educação Especial, de forma a responder adequadamente às necessidades do sistema, da escola e dos alunos

Propostas da FENPROF para reorganização da Educação Especial:
 
I. DOCENTES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

1 – FORMAÇÃO

Formação Inicial:
Os currículos dos cursos de formação para a docência, independentemente do grupo de recrutamento a que se destinam, devem integrar conteúdos sobre necessidades educativas especiais.

Formação especializada:
Quem pretenda ser docente de Educação Especial deverá possuir formação adequada (formação profissional) para um grupo de recrutamento e formação especializada obtida após um mínimo de três anos de exercício efetivo da profissão. Os planos de estudo dos cursos de formação especializada em Educação Especial devem constituir-se por uma componente científico-pedagógica exigente, de forma a garantir uma formação adequada, com uma duração temporal que possibilite a aquisição e consolidação de conhecimentos/competências, permitindo, assim, dar resposta à realidade das escolas e às necessidades dos alunos com NEE.
Os cursos de formação especializada devem abrir de acordo com a definição atempada dos contingentes necessários para cada nível de ensino e área de especialização.

Formação contínua:
Deverá ser facultada formação contínua na área das necessidades educativas especiais a todos os docentes, sendo esta formação considerada no domínio científico-didático para todos os grupos de recrutamento. Para os grupos de recrutamento da Educação Especial deverá ser facultada formação contínua específica no seu domínio científico-didático.

2 – CONCURSOS
Quadros
Os docentes de EE são um recurso da escola/agrupamento que, para o efeito, deverão ser dotados de um quadro específico, a reforçar sempre que a complexidade/especificidade dos problemas dos alunos com NEE assim o exija.
Deverão ser revistos e alargados os atuais lugares de quadro dos grupos de recrutamento da EE, por forma a garantir os apoios especializados, como recurso da escola inclusiva, a todos os alunos que deles necessitem, tendo em conta, também, o alargamento da escolaridade obrigatória.
A colocação de docentes de EE deve respeitar o rácio de 1 docente por cada 200 alunos matriculados na escola/agrupamento, adequando esta média/rácio ao tipo, características e diversidade da população. No caso de se encontrarem matriculados alunos com NEE de alta intensidade e baixa incidência, deverá ser reforçado o número de docentes colocados, de acordo com as necessidades específicas destes alunos. Nos diversos concursos, devem ser introduzidos mecanismos que possibilitem a mobilidade dos docentes em todo o território nacional (continente e regiões autónomas).

Classificação Profissional
A classificação profissional do docente de Educação Especial (quer dos quadros quer dos contratados) deverá corresponder à ponderação entre a nota da classificação da formação especializada e a obtida na classificação inicial, de acordo com a seguinte fórmula:
CP = (3 FE + 2 FI) / 5
Colocação/distribuição de serviço dos docentes de Educação Especial
As áreas de especialização decorrentes da formação especializada devem ser respeitadas na colocação dos docentes.
 O grupo de recrutamento 910 deve ser subdividido:
- apoio a crianças e jovens com problemas cognitivos, motores, com perturbações da personalidade ou da conduta
- apoio a crianças e jovens com multideficiência
- Intervenção Precoce
O grupo 920 deve ser subdividido:
- apoio a crianças e jovens com surdez, problemas graves de comunicação, linguagem ou fala
- Intervenção Precoce
O grupo 930 deve ser subdividido:
- apoio a crianças e jovens com cegueira ou baixa visão
- Intervenção Precoce: No âmbito da EE para a Intervenção Precoce/Atempada, os docentes deverão ter uma formação de base para a educação pré-escolar/primeira infância ou, sendo de outro nível de ensino, uma formação especializada em IP.

Cada docente deve ser colocado no concurso/distribuição de serviço, preferencialmente, de acordo com as seguintes prioridades:
1ª – nível de ensino de acordo com a sua formação inicial
2ª – nível de ensino contíguo ao da sua formação inicial
3ª – outro nível de ensino
Deverão abrir vagas de lugar de quadro no ensino secundário, tendo em conta o aumento da escolaridade obrigatória.

3 – HORÁRIOS E CONTEÚDO FUNCIONAL

Organização dos horários de trabalho
O número de horas letivas (entre 22 e 14) corresponde à prestação entre 22 e 14 tempos de 45 minutos, independentemente do grau, nível ou ciclo de ensino em que se exerce a atividade, mais os tempos (máximo 2) para outras atividades.
Conteúdo funcional da componente não letiva de estabelecimento
O conteúdo funcional do docente de Educação Especial na componente não letiva de estabelecimento não poderá incluir atividades/tarefas com alunos (sendo estas consideradas como componente letiva). Poderão ser consideradas atividades/tarefas da componente não letiva de estabelecimento:
- coordenação do departamento Educação Especial;
- coordenação de espaços e recursos da escola;
- frequência de ações de formação contínua que incidam sobre conteúdos de natureza científico-didática do respetivo grupo de recrutamento;
-colaboração com o docente do ensino regular na identificação de necessidades educativas especiais;
- apoiar técnicas de aconselhamento e diferenciação pedagógica;
- colaboração com o docente do ensino regular na transformação e adaptação do currículo decorrente das necessidades educativas especiais;
- intervenção no processo de cooperação dos estabelecimentos de educação com outros serviços locais;
- participação em reuniões de natureza pedagógica legalmente convocadas;
- produção de materiais pedagógicos específicos;
- realização de estudos e de trabalhos de investigação que entre outros objetivos visem contribuir para a promoção do sucesso escolar e educativo;
- colaboração com o docente do ensino regular na organização dos processos individuais dos alunos;
- participação em reuniões com pais e encarregados da educação e outros profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem dos alunos.

II. ESCOLAS/AGRUPAMENTOS
1 – ASPETOS ORGANIZACIONAIS E DE FUNCIONAMENTO
No atual quadro referente ao número de alunos por turma, as turmas com alunos com NEE deverão ter: na educação pré-escolar, 10 crianças nos grupos heterogéneos (no que respeita à idade) que incluam crianças com NEE, não podendo os grupos incluir mais de 2 crianças nessas condições; nas turmas do 1º CEB que incluam alunos com NEE, o número máximo de alunos/turma deverá ser de 15, não podendo as turmas incluir mais de 2 alunos nessas condições; nos casos em que as turmas do 2º/3º CEB e ensino secundário incluam alunos com NEE, devem manter-se os limites máximos legais de 20 alunos por turma, não podendo incluir mais de 2 crianças com NEE.
Nas escolas e agrupamentos deverá existir um departamento de educação especial. Não faz qualquer sentido a sua integração no departamento de Expressões, que constitui uma efetiva desvalorização desta importante resposta educativa da escola pública, diluindo-se no conjunto dos restantes grupos de recrutamento. Os docentes de EE acompanham alunos que estão incluídos em diferentes turmas e áreas curriculares, o que reforça a necessidade de um departamento específico da EE com representação no Conselho Pedagógico.
As escolas/agrupamentos deverão ser dotadas de equipas multidisciplinares, salvaguardando a continuidade pedagógica de todos os profissionais, cujo papel será o de intervir na avaliação e acompanhamento dos casos sinalizados de alunos com NEE, inserido nas competências do departamento de EE. Estas equipas integrarão, para além dos docentes de EE, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas e assistentes operacionais, bem como outros profissionais que venham a revelar-se necessários no processo de inclusão, devendo a atividade de cada um deles ser desenvolvida em contexto de transdisciplinaridade.


III – RESPOSTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
As escolas de referência e as unidades especializadas devem ser transformadas em centros de recursos para a inclusão, funcionando, em simultâneo, como sedes de equipas móveis/itinerantes, constituídas por docentes de EE colocados nos quadros, e dotadas dos recursos materiais, pedagógicos e humanos indispensáveis para apoiar as escolas/agrupamentos, sempre que a complexidade/especificidade dos problemas dos alunos com NEE o exija, garantindo o pagamento dos docentes, por parte do MEC. Estas equipas móveis impedirão a deslocação destas crianças/jovens dos seus grupos/turmas das escolas da sua área de residência.
Todas as escolas/agrupamentos disporão de espaços físicos adaptados e do equipamento mínimo que permitam responder às necessidades educativas especiais de todos os alunos.
Elegibilidade e apoios a prestar aos alunos: depois de sinalizado, o aluno será observado e avaliado pelo departamento de EE, tendo em conta todas as informações disponíveis, num processo de responsabilidades partilhadas, coordenado pelo docente de EE. A caracterização do aluno é feita com base num relatório, que assenta em critérios pedagógicos e no qual se referem os instrumentos utilizados na sua avaliação. Nesse relatório, são também indicados os apoios e as medidas educativas de que o aluno terá necessidade. Desta forma, deixará de ser necessário o recurso exclusivo à CIF, dado este ser um instrumento de carácter clínico em detrimento do carácter pedagógico.
 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O que é a Síndrome de Sotos?

 
A desordem pode ser acompanhada de retardamento mental moderado, motor atrasado, desenvolvimento cognitivo, e social, hipotonia (baixo tom de músculo), e prejuízos de fala.
 
As crianças com síndrome de Sotos tendem a serem grandes desde o nascimento e são freqüentemente mais altas, mais pesadas, e tem cabeças maiores (macrocefalia) que o normal para a idade delas.
Desajeitamento, andar desajeitado e agressividade incomum ou irritabilidade também podem acontecer. Hipercrescimento, dismorfias faciais típicas, deficiência mental e alterações do sistema nervoso central também são sintomas. Malformações cardíacas podem estar presentes. Embora a maioria dos casos de síndrome de Sotos acontece esporadicamente, também foram informados casos hereditários.

Tratamento - Não há tratamento para gigantismo cerebral. O tratamento é sintomático.
Prognóstico - A síndrome de Sotos não é uma desordem ameaçadora e os pacientes podem ter uma probabilidade de vida normal. As anormalidades iniciais de síndrome de Sotos normalmente solucionam quando a taxa de crescimento fica normal depois dos primeiros anos de vida. Os atrasos no desenvolvimento podem melhorar nos anos de idade escolar, porém, problemas de coordenação podem persistir na fase adulta.
 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia Universal das Crianças - 20 de novembro

Em 1954, a Assembleia Geral recomendou [resolução 836 (IX)] que todos os países instituíssem o Dia Universal da Criança, para celebrar a fraternidade e compreensão entre as crianças do mundo inteiro e organizar actividades adequadas à promoção do bem-estar de todas as crianças. Propôs que celebrassem o Dia na data e da forma que cada um considerasse mais conveniente.
 
Desse modo, no dia 20 de novembro de 2012 comemora-se mais um aniversário da proclamação da Declaração dos Direitos da Criança, data que a ONU reconhece como Dia Universal das Crianças por ter sido a data em foi aprovada aquela declaração em 1959.

De forma a assinalar o dia, partilho as seguintes hiperligações relacionadas com assuntos referentes ao Dia Universal das Crianças:

- Dia internacional da Criança no mudo: http://www1.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/crianca/nomundo.html

- United Nations Children's Fund (UNICEF) - Fundo das Nações Unidas para a Infância http://www.unicef.org/

- UNICEF in CANAL KIDS (Brasil) <http://www.canalkids.com.br/unicef/

-DIREITOS DA CRIANÇA <http://www.unicef.pt/artigo.php?mid=18101111&m=2>
 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sugestões de atividades para o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência- 3 de dezembro

Sugestão de atividade para o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência ou Incapacidade (clique aqui para aceder aos filmes):




Olá colegas,
Deixo aqui a minha proposta para dinamizar a atividade (Dia Internacional da Pessoa com Deficiência) nos estabelecimentos de ensino dos agrupamentos de escolas nacionais.
O 6 documentários propostos estão programados para sessões de 45 a 50 minutos para cada grupo/turma que participe e deverão passar em local próprio.
Cada um de nós poderá adaptar essa situação ao nível de ensino que apoia.

 ATIVIDADE
 
Conjunto de documentários a visualizar

 

- Introdução: diapositivos e apresentação da atividade da responsabilidade do docente de educação especial (5minutos a 10 minutos);
 
- Desenvolvimento: visualização de 4 documentários (20 minutos)
1 - Pessoas com necessidades especiais (crianças e alunos com NEE);

2 - Educação Inclusiva: http://www.youtube.com/watch?v=Pwqv_uIOSGg (1m 54s);
 
3 - Educação Especial: http://www.youtube.com/watch?v=jjrZy-RFjZA&feature=related (6m);
 
4 – As pessoas com necessidades especiais podem fazer tudo o que fazem as outras – Filme superação: http://www.youtube.com/watch?v=uTUx7eALObI&feature=related (6m 16s);
 

- Conclusão (15 minutos)
1 - Ser diferente é ser normal!

v=PcSeWpkzr6M&feature=related
(4m 09s);
2 - Na minha escola todo o mundo é igual:

v=aSwdAWkLGmM&feature=related

(2m 28s);

3 – Espaço de debate! (5 minutos).

sábado, 17 de novembro de 2012

O olho humano: video sobre a sua estrutura e funcionamento

 
 Este vídeo através de uma exposição simples estabelece uma ligação entre a anatomia do olho e o seu processo de captação de imagem e leitura.
 

 



Em baixo, partilho um conjunto de artigos relacionados com a saúde, anomalias e doenças dos olhos. Não deixe de consultar!
Fonte: Sobre a Deficiência Visual
 

Lista de lojas com acessibilidade a pessoas com deficiência em Portugal

 
De acordo com o estabelecido na Lei nº 33/2008, de 22 de Julho, relativa à promoção da acessibilidade à informação sobre determinados bens de venda ao público para pessoas com deficiência e incapacidades visuais, e sem prejuízo de se encontrar ainda a decorrer o prazo para a comunicação da lista dos estabelecimentos seleccionados para assegurar serviços de acompanhamento dessas pessoas, a Direcção-Geral do Consumidor vem disponibilizar as listas dos estabelecimentos seleccionados que já lhe foram comunicadas.
 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Projeto Daisy 2012 - projeto de incentivo à criação e utilização de audiolivros nas escolas, destinado a alunos do 5.º ao 12.º ano de escolaridade com necessidades educativas especiais (NEE).

Foi colocada no site da DGE informação sobre a obtenção de licenças do software EasyReader de modo a equacionar-se a necessidade dessa aplicação para alunos com NEE, nomeadamente alunos com baixa visão, cegueira e dislexia.

 
O projeto, designado DAISY 2012, inclui a oferta a alunos e professores do software de última geração ‘EasyReader’ para leitura de audiolivros digitais em formato DAISY e noutros formatos, incluindo ePub não protegido.


Com este novo projeto, os alunos com NEE, incluindo aqueles que apresentam dislexia, passam a dispor de uma ferramenta que lhes dá acesso a qualquer audiolivro digital no formato DAISY. Este software possui ainda a mais-valia de permitir aos docentes a criação de conteúdos áudio.

O programa encontra-se disponível em:
http://www.dgidc.min-edu.pt/educacaoespecial/index.php?s=directorio&pid=6
 
Para mais informações consulte: http://dge.mec.pt/index.php?s=noticias&noticia=442
 
 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O que é a Síndrome de Joubert?

 
O seu marcador neurorradiológico é uma malformação complexa da junção ponto-mesencefálica que tem o aspecto de um dente molar – sinal do dente molar, “molar tooth sign” (MTS). Resulta da associação de uma hipoplasia do vermis cerebeloso, de uns pedúnculos cerebelosos superiores grossos e horizontalizados e de uma fossa interpeduncular grande e profunda. O MTS foi identificado noutras síndromes, com características clínicas adicionais.

Existe uma variabilidade de atingimento de outros órgãos (olho, rim e fígado) e uma associação com outras malformações do sistema nervoso central (anomalias do corpo caloso, polimicrogíria, hidrocefalia e encefalomeningocelo) que permitem identificar um largo espectro de síndromes, chamadas Joubert syndrome related disorders (JSRDs). Seis loci associados a JSRDs foram identificados.

As JSRD estão incluídas num grupo de doenças em permanente expansão, as ciliopatias. A investigação visa melhorar a correlação fenótipo-genótipo do grande espectro das JSDRs e aperfeiçoar a classificação clínico-genética.
 

III Congresso Ibérico de Educação Especial

III Congresso Ibérico de Educação Especial (Organização Santa Casa da Misericórdia do Porto) que irá decorrer no Centro de Congressos do Instituto Superior de Engenharia do Porto nos próximos dias 23 e 24 de Novembro de 2012.
 
 
Com a participação de várias pessoas, entre elas: D. Manuel Clemente – Bispo do Porto; Pedro Mota Soares – Ministro da Solidariedade e da Segurança Social; Laborinho Lúcio – Juiz Jubilado e Ex-Ministro da Justiça do XI e XII Governo Constitucional; Pilar Fontao – Universidade de Vigo (Espanha); Teresa Costa Macedo – Confederação Nacional das Associações de Família; Adrian Gramary – Diretor Clínico do Centro Hospitalar Conde Ferreira/Santa Casa da Misericórdia do Porto; Essmat Nasar – Universidade do Cairo; Miguel Zabalza – Universidade de Santiago. de Compostela.
 
Mais informações, inscrições e contactos emhttp://www.scmp.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=27496
III Congresso Iberico (cartaz).pdfIII Congresso Iberico (cartaz).pdf
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mapas da reorganização administrativa das freguesias situadas no território de Portugal continental

Em cumprimento do disposto no artigo 14.º, n.º 3, da Lei n.º 22/2012, de 30 de maio, a Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) apresentou à AR, em 5 de Novembro de 2012, os pareceres e propostas concretas de reorganização administrativa das freguesias situadas no território de Portugal continental (*):
 
 
Novos mapas de Freguesias Fundidas. Clique aqui para ver as propostas e anexos por concelho.
 
 

Institutos Politécnicos vão passar a integrar ensino profissional


Já este ano lectivo, os cursos de ensino profissional, actualmente, leccionados nas escolas secundárias, passarão a ser ministrados também em institutos superiores politécnicos. A notícia foi avançada pelo ministro Nuno Crato, durante a discussão do orçamento da Educação para 2013 na especialidade.

Os politécnicos, com o número de inscrições registados, passaram a ter uma série de áreas críticas, revelou o governante, que apontou uma saída para o problema instalado: “para ultrapassarem estas dificuldades, e por que são extremamente necessários ao País, os politécnicos precisam de coordenar as suas ofertas”, nomeadamente ao “nível do ensino profissional secundário”.

Nuno Crato concluiu dizendo que os politécnicos “têm professores, instalações e conhecimentos que muitas escolas secundárias não têm”.

E as mudanças chegam já este ano lectivo. Esta poderá será uma das mudanças no âmbito da reorganização da rede do ensino superior. Ontem, o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, disse que este não era o momento oportuno para avançar com a reorganização por se tratar de um período de crise, onde dominam os cortes financeiros.
 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ateliê de Jardinagem e Horticultura para alunos com NEE

Atelier de Jardinagem e Horticultura
A APSA vai iniciar um Atelier de Jardinagem e Horticultura, com o apoio da Engª Agrónoma Ana Couto, formadora com experiência nesta área.
Pretendemos que seja uma actividade, simultaneamente, pedagógica e divertida.
Muitos jovens desconhecem de onde provêm certas plantas e produtos hortícolas, como surgem e como se cuidam.
Esta será uma oportunidade para aprenderem a preparar a terra para receber as sementes que irão ver crescer, para cuidar das plantas e colher os seus frutos.
Destina-se a alunos do 3º ciclo do ensino básico e secundário, bem como a jovens que já tenham terminado a escolaridade obrigatória e tenham interesse pela actividade.
Esta é uma actividade especialmente adaptada para jovens com Síndrome de Asperger, sendo uma mais valia particularmente enriquecedora a convivência e a integração de jovens de duas realidades diferentes.
A formadora, Engª Ana Couto, trabalhou nos últimos anos no ensino público, com crianças com necessidades educativas especiais, entre elas, alunos autistas. O seu trabalho foi precisamente o desenvolvimento de formação e treino de competências para uma futura inserção profissional destes alunos na área da jardinagem e trabalho em viveiros.
As sessões terão início no próximo dia 10/11.
Ver em anexo o Programa e Condições de Inscrição, bem como a Ficha de Inscrição (poderá responder directamente na Ficha e remeter para nós por email).
 
Venham participar e terão a oportunidade de aprender de uma forma divertida!
Ajude-nos a divulgar esta iniciativa.
Para mais informações contacte-nos através do 214605237 ou geral@apsa.org.pt
 
Largo do Amor Perfeito n.º 9A - Loja 1
Adroana
2645-630 Alcabideche
P Antes de imprimir este e-mail pense bem se tem mesmo de o fazer. Proteja o nosso ambiente.
 
2 anexosFazer a transferência de todos os anexos (zipado para
Jardinagem e Horticultura - vFinal.pdfJardinagem e Horticultura - vFinal.pdf
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Jardinagem e Horticultura - Ficha de Inscrição.docxJardinagem e Horticultura - Ficha de Inscrição.docx
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Exemplo de uma planificação para a área curricular específica de português funcional - alunos com CEI

Hoje, partilho uma planificação / programação de português funcional, área curricular específica do CEI, que elaborei já há algum tempo para apoiar um aluno que frequentava a sua escolaridade com um CEI, no 6.º ano de escolaridade.
 
 

Note bem que a frequência da escolaridade com um CEI pressupõe alterações significativas no currículo comum, podendo as mesmas traduzir-se na introdução, substituição e ou eliminação de objetivos e conteúdos, em função do nível de funcionalidade da criança ou do jovem.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Filmes no âmbito da Educação Especial para rever no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

 
GABY - UMA HISTÓRIA VERDADEIRA
Título Original: Gaby: A True Story
Sinopse
Apesar de inteligente e lúcida, Gaby Brimmer (Rachel Chagall) nasceu com problemas neurológicos que limitam drasticamente o controle sobre seu corpo. Sem jamais ter conseguido andar, falar ou mexer as mãos, Gaby torna-se famosa ao escrever um livro usando o pé esquerdo e uma máquina de escrever elétrica.
Tema: Paralisia CerebralClique aqui para baixar

AUTISMO - O MUSICAL Autism: The Musical
Sinopse: Elaine Hall é uma das muitas mulheres que após várias tentativas para engravidar, opta emigrar para o país do seu pai (Rússia), decidida a adotar uma criança. Após esta conquista Elaine descobre que o seu filho, Neal, não está a desenvolver-se como seria esperado e confirma isso mesmo aquando do diagnóstico de autismo.
Ao acompanhar as terapias expressivas em que o seu filho estava integrado, Elaine decide então criar o Miracle Project com o objetivo de trabalhar com crianças autistas com o intuito de promover competências pessoais e sociais.
Este documentário acompanha os seis meses de trabalho desenvolvidos no Miracle project pela equipe de Elaine, com cerca de 22 crianças diagnosticadas com perturbações do espectro do autismo, com o objetivo de criar e encenar um musical. Ao longo deste processo evidenciam-se as dificuldades comunicativas e relacionais que caracterizam as patologias deste espectro.
Tema: Autismo
Site oficial: www.autismthemusical.com CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O FILME



O MEU PÉ ESQUERDO
Sinopse: Christy Brown (Daniel Day-Lewis), o filho de uma humilde família irlandesa, nasce com uma paralisia cerebral que lhe tira todos os movimentos do corpo, com a exceção do pé esquerdo. Com apenas este movimento Christy consegue, no decorrer de sua vida, se tornar escritor e pintor.
Tema: Paralisia Cerebral
Clique aqui para baixar o filme


Para mais informações sobre outros filmes, clique aqui!


Fonte: http://vivianepatrice.blogspot.pt/

Voluntariado nos Médicos do Mundo

Contrariamente ao que se pensa, os voluntários que colaboram com a  associação Médicos do Mundo não têm necessariamente formação na área da saúde, mas em muitas outras, como a antropologia, o direito, a comunicação social, etc.
 
As áreas de actuação em que podem intervir os voluntários da Médicos do Mundo são várias, desde o apoio a projectos específicos, à colaboração em acções de sensibilização e à participação em grupos temáticos.
 
 
Como ser Voluntário na Associação Médicos do Mundo?
Todos aqueles que estejam interessados em fazer voluntariado com Médicos do Mundo podem fazê-lo das seguintes formas:
- Preencher o formulário disponível no nosso site.
- Solicitar uma entrevista com o coordenador de voluntariado e preencher o formulário em papel.
- Responder a uma vaga publicada no site ou noutro meio de comunicação.
Em todos os casos, os dados do potencial voluntário são integrados numa base de dados. Esta é utilizada sempre que necessitamos de apoio para um projeto ou atividade. Os voluntários que se inscrevem serão convidados a participar numa sessão de esclarecimento sobre voluntariado em MdM (nas primeiras Quintas-Feiras de cada mês, entre às 9:30h e 10:30h, na Sede de MdM em Lisboa – colocar um link para a área de Contactos), onde se apresenta a Organização, os Objectivos, os Projetos, etc.
Quais são as áreas passíveis de voluntariado?
As áreas onde se podem desenvolver actividades de voluntariado, de forma regular e/ou pontual, são as seguintes:
- Projetos Internacionais.
- Emergência Humanitária.
- Projetos Nacionais.
- Apoio Administrativo.
- Ações de Comunicação, Marketing e Captação de fundos.
Depois de seleccionado, como é que o voluntário é integrado na Médicos do Mundo?
Realiza-se um briefing de integração, durante o qual receberá toda a informação sobre o projecto ou acção que vai integrar, a função a desempenhar, a informação sobre a organização, nomeadamente sobre a missão, os valores, e as atividades em curso da organização. No caso dos colaboradores expatriados, o briefing contempla ainda informação sobre o país de acolhimento e também do projeto, assim como reuniões de carácter técnico com os departamentos de projetos e financeiro. No final, haverá uma reunião com a Área de Recursos Humanos, durante a qual se revêm todas as questões práticas com o voluntário.
O que a Médicos do Mundo oferece aos seus voluntários?
- A possibilidade de apoiar ações concretas que os projetos de MdM desenvolvem na ajuda às populações mais carenciadas.
- A realização de ações de formação sobre temas técnicos e operativos ligados ao trabalho humanitário.
- A oportunidade de testemunhar sobre o seu trabalho voluntário, nos canais de comunicação da Associação (revista, plataformas online e afins) e em meios de Comunicação Social.
O que é que a Médicos do Mundo espera dos seus voluntários?
A organização deposita a sua confiança e crença no trabalho que cada voluntário abraça, e também espera:
- Que execute o seu trabalho de forma responsável e autónoma.
- Tenha iniciativa própria.
- Participe ativamente na vida do projeto/atividade no qual está inserido.
- Seja aberto e respeite a população com que trabalha.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ensino de Português no Estrangeiro com novas regras na contratação de professores


A publicação do Decreto-Lei n.º 234/2012, de 30 de Outubro procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 165/2006, de 11 de agosto, que estabelece o regime do ensino português no estrangeiro.
 
A introdução de propinas e a contratação de professores por dois anos são as principais alterações introduzidas pelo referido documento.

O diploma legal institui a “possibilidade de cobrança” de taxas de frequência (propinas) nos casos em que “o Estado português for responsável pelo ensino“, ou seja nos cursos de português paralelos aos sistemas de educação dos países de acolhimento, e de taxas pela certificação das aprendizagens aos alunos que queiram ver as suas competências reconhecidas.
As referidas taxas serão aplicadas à generalidade dos alunos, exceto nos casos de “comprovada carência ou insuficiência económica”.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ADD - Chamada de atenção para os docentes que até ao final deste período letivo vão requer a observação de aulas (2.º e 4.º escalões)

Partiho e cito na íntegra um excelente artigo do Ricardo Montes, autor do blogue professores lusos, no qual se alerta para as recuperações dos docentes já avaliados em ciclos avaliativos anteriores (ADD).
«Na semana passada ficámos a saber (aqui) que não obstante desconhecermos qual o ano letivo que antecede a progressão na carreira (com mudança de escalão) temos de apresentar até ao final deste período letivo um requerimento de observação de aulas (obviamente para quem se encontra no 2.º e 4.º escalões).
No entanto, há que saber cruzar normativos... Assim, se lerem com muita atenção as disposições finais e transitórias (artigo 30.º) do
Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de fevereiro (o normativo legal que regulamenta o sistema de avaliação do desempenho do pessoal docente estabelecido no Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário) irão encontrar a hipótese de optar pela classificação mais favorável num dos 3 últimos ciclos avaliativos. O ponto 2 do artigo supracitado também esclarece de forma inequívoca que a classificação obtida na observação de aulas num dos modelos de avaliação anteriores também poderá ser recuperado.
Pensem nisso, antes de se meterem em mais trabalhos...».


Fonte: professores lusos

sábado, 27 de outubro de 2012

Educalandia.net: ferramenta de trabalho e apoio às crianças e alunos do ensino não superior

Partilho o site da internet: educalandia.net que é uma excelente ferramenta de trabalho e apoio às crianças e alunos, em especial aos das comunidades ou pessoas de fala hispânica ou espanhola.
 
INFANTILSEGUNDO CICLO

PRIMER CICLOTERCER CICLO
 
 
O site da internet: educalandia.net permite também a iniciação ao estudo da língua francesa.
 
Se trata de un apartado exclusivo de actividades interactivas de francés para alumnos de primaria.
Esta nueva sección la podéis encontrar en http://frances.educalandia.net , o bien haciendo clic en el enlace que hay bajo la botonera de los niveles educativos de acceso a los recursos.
 
frances.educalandia.net

 Fonte: http://www.educalandia.net.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Professores da Educação Especial substituídos por outros de História, Francês ou EVT

 
A denúncia é feita por um grupo de docentes ultrapassados no concurso que agora pedem que seja dada prioridade a quem tem experiência na área. A solução, contudo, não é pacífica.

“Este ano foi o descalabro e temos mesmo de nos mexer” – é assim que Sofia Barcelos explica o afã de meia dúzia de professores que, em poucos dias, escreveram uma carta aberta ao ministro da Educação, Nuno Crato; criaram uma página no Facebook; lançaram uma petição e pediram audiências às mais diversas instituições para as sensibilizar para o problema. “Um exemplo” – aponta a docente – “um professor contratado que dê aulas de História ou de Educação Visual Tecnológica (EVT) há sete anos e que tenha feito agora uma pós-graduação em EE, passa à frente de uma pessoa que seja professora de EE há seis anos. Não é admissível”, insurge-se.

A situação não é nova: verifica-se desde 2009. E os números mostram por que Sofia Barcelos fala em “descalabro”. Quando aquele grupo de recrutamento foi criado, há seis anos (na sequência do processo anterior de inclusão das crianças como NEE nas escolas públicas) não havia profissionais qualificados em quantidade suficiente. Uma situação que mudou de forma drástica: 2010 houve 1556 candidatos, no ano seguinte fizeram parte das listas 2977 e, este ano, a lista definitiva de ordenação naquele grupo de recrutamento de docentes já tinha 4615 nomes. Todos eles com licenciaturas noutras áreas e especializações em EE, já que não existe formação de base.

O que aconteceu para o trabalho com crianças com NEE se tornar tão atractivo? “O aumento do desemprego dos professores contratados que legitimamente procuram trabalho. E o facto de o Ministério da Educação e Ciência não aplicar a lei”, responde João Paulo Silva, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Segundo explica, nos restantes grupos de recrutamento o tempo de serviço é contado de forma diferente antes e após a profissionalização, para efeitos de ordenamento nas listas. A Fenprof defende que o mesmo tem de ser aplicado neste caso, tendo como referência o momento da especialização em EE: meio valor para o tempo de serviço anterior àquela e um para o prestado depois.

O grupo de Sofia Barcelos, no entanto, pretende mais do que isso: quer que quem tem experiência tenha prioridade sobre todos os outros (na linha do que aconteceu entre 2006 e 2009). Argumenta que “não se trata de uma questão meramente laboral, mas de garantir os direitos dos alunos”. “Este trabalho é especial, requer uma avaliação pedagógica, observação de comportamentos e de funcionalidade apurada, conhecimento aprofundado de diversa legislação, elaboração de documentos específicos e experiência de ensino com alunos de diversos diagnósticos clínicos”, pode ler-se, na carta aberta dirigida ao ministro.

Professores sem experiênciaLaurinda Coelho de 39 anos, residente em Évora é uma das professoras que trabalhava há quatro anos com o mesmo grupo de seis crianças com multideficiência e défice cognitivo severo. Conta que durante este período fez mestrado na área do sistema aumentativo de comunicação (através de símbolos) já que “apenas uma das crianças possuía linguagem natural e, mesmo assim, rudimentar”. Este ano, essas mesmas crianças ficaram com duas professoras, uma de 1.º ciclo e outra de EVT, sem qualquer experiência em EE. “E eu, que investi na minha formação, estou em casa, desempregada. Faz sentido?”, pergunta.

“Não faz”, concorda José Alberto Rodrigues, presidente da Associação de Professores de EVT. Diz que tem “de admitir que aquelas são crianças especiais, com NEE, e que a experiência dos docentes naquela área específica é valiosa”. Mas não condena os professores que ocuparam esses lugares: “É dramática a situação em que o MEC colocou os professores contratados. As pessoas precisam de trabalhar, é natural e legítimo que aproveitem todas as oportunidades”, avalia, quando contactado pelo PÚBLICO. Abel Ribeiro reage com indignação. Com 37 anos de idade e nove de serviço como professor de EVT está a cumprir o 10.º numa unidade de multideficiência “com competência”, assegura. “Tenho experiência acumulada, especialização em EE e não me sinto menos capaz do que colegas com mais experiência na área. Se o MEC criou esta possibilidade, que me obrigou a investir milhares de euros e a deslocar-me para uma cidade que fica a 500 quilómetros de casa para ter um horário anual e completo, não pode, agora, alterar as regras do jogo”, argumenta.

Maria José Salgueiro, coordenadora do grupo de EE da Confederação Nacional de Associações de Pais e Encarregados de Educação (Confap), afirma que a questão “é complexa”. Na sua perspectiva “não há uma resposta linear”. Não tem dúvidas “de que não é admissível desperdiçar a experiência das pessoas que trabalham nesta área” e que “estão a ser empurradas para fora do sistema”. Mas frisa que “a Confap recebe, muitas vezes, queixas de pais em relação a professores que optaram pela EE desde o início e que não revelam a sensibilidade necessária para lidar com as crianças”. “O ideal seria uma forma de selecção diferente”, sugere, sem adiantar qual.

O que fica mais barato?
A questão pode, no entanto, não se colocar para o ano. “Não quero fazer o papel de advogado do diabo, mas fica muito mais barato ao Estado investir numa formação de meia dúzia de meses nos professores dos quadros de forma a eliminar ausências de componente lectiva e fazer face às necessidades dos grupos do EE do que contratar docentes deste grupo de recrutamento”, escreveu, quinta-feira, Arlindo Ferreira no blogue, DeAr Lindo, que é diariamente seguido por milhares de professores.

O professor lembra, por outro lado, que “o espectro da mobilidade especial” faz com que muitos docentes dos quadros estejam já a fazer a especialização à sua custa e pretendem mudar para aquele grupo no próximo concurso, “sem pensar duas vezes”
Este ano, dos 51.209 docentes sem vínculo que se candidataram à contratação inicial e renovação de contratos, ficaram colocados, para dar aulas por um ano, em horário completo e desde o início do ano lectivo, 7600 pessoas. Menos 5147 do que no ano anterior. De entre os professores do quadro, 2763 iniciaram o ano lectivo com horário zero. É a estes que se refere Arlindo Ferreira.

O PÚBLICO pediu ao MEC, através do gabinete de imprensa, um comentário à petição feita pelo grupo de docentes de EE e às questões que este levanta, mas não obteve resposta.
 
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Professores de educação especial pedem intervenção do ministro da educação

"O que está a acontecer desde há dois anos é vergonhoso, caótico e profundamente injusto", disse à agência Lusa a professora Sofia Barcelos.

A docente queixa-se de ter ficado em casa, com quase seis anos de experiência, enquanto vê colocados professores que considera não terem a habilitação necessária para lidar com estas crianças.

"Este ano letivo o descalabro é total", escrevem os professores num documento enviado às redações, em que dão conta de "grandes falhas", a nível geral, no concurso de professores.

Estes docentes dizem ser preteridos na contratação de escola por "quem não tem experiência" neste grupo ou tirou a pós-graduação/especialização há pouco tempo.

"Pedimos ao ministro que reflita sobre esta matéria, porque deitar fora toda a experiência que um grupo de professores adquiriu ao longo dos anos não é uma medida positiva", afirma.

Segundo a mesma fonte, estarão em causa "algumas centenas" de professores.

Entre estes docentes, circula também um apelo para que se mobilizem, no sentido de "por fim às sucessivas ultrapassagens" na lista de ordenação do concurso de docentes de educação especial, que "ano após ano são ultrapassados por professores oriundos de outros grupos de recrutamento".

No documento enviado à comunicação social, alegam que a forma como estes professores se relacionam com os alunos e encarregados de educação "não é equiparável com o ensino regular".

O cerne da questão, dizem, é a "substituição de professores com experiência em educação especial por professores sem experiência nesta área, mas com mais anos de serviço noutras áreas e que, para garantirem os seus postos de trabalho, concorrem a este grupo de recrutamento".