terça-feira, 16 de abril de 2013

Divulgação da rede de oferta formativa da área geográfica da Direção de Serviços da Região Norte dos Cursos Profissionais e Cursos de Educação e Formação em funcionamento no ano letivo 2012/2013

Direção de Serviços da Região Norte – DGEstE
 
 
 
 

Informações e recomendações para encarregados de educação, alunos, diretores e professores coadjuvantes, supervisores e formadores relativas às provas finais 2013

 
Calendários das provas finais e dos exames nacionais
1.º CEB
2.º CEB
3.º CEB
Ensino secundário (ES) - 1ª Fase - 2.ª fase

Informações-Prova Final e Informações-Exame - consultar aqui
Informação sobre provas adaptadas - consultar aqui
Informações para alunos e encarregados de educação
Recomendações para a realização das provas - consultar aqui
Regras de contacto com o GAVE - consultar aqui

Folhas de rosto e instruções de realização
1.º CEB
2.º CEB
Português (41) Português (61)Prova
Caderno 2
Matemática (42)Caderno 1Matemática (62)Caderno 1
Caderno 2Caderno 2

PLNM (63)Prova
PLNM (64)Prova

 
3.º CEBEnsino secundário
Português (91)ProvaTodos os códigosProvas
Matemática (92)Prova
PLNM (93)Prova
PLNM (94)Prova
 

 
 
Consultar os enunciados e critérios de classificação das provas finais e exames nacionais de 2013
(a disponibilizar em função do calendário das provas)
 
Consultar e importar as grelhas para o registo de classificações das provas
(a disponibilizar em função do calendário das provas)
 

 
Informação para diretores, professores coadjuvantes, supervisores, formadores e classificadores
Recomendações para diretores - consultar aqui
Imagens dos sacos das provas
1.º CEB
2.º CEB
3.º CEB
Cronograma das ações (cf. Norma 02/JNE/2013)
1.º CEB
2.º CEB
3.º CEB
Ensino secundário (ES)
Calendários de atendimentos
Atendimento a coadjuvantesAtendimento a supervisoresAtendimento a formadores
1.º CEB1.º CEBES - Extranet GAVE 
2.º CEB2.º CEB             
3.º CEB3.º CEB
ES

sábado, 13 de abril de 2013

Regime de matrícula, constituição de turmas e funcionamento das escolas - ano letivo 2013/2014


(...)
1- A frequência de estabelecimentos de educação e de ensino implica a prática de um dos seguintes atos:
a) Matrícula;
b) Renovação de matrícula.


2- A frequência da educação pré-escolar é facultativa e destina-se às crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no 1º ciclo do ensino básico.

3- A frequência do ensino básico ou do ensino secundário é obrigatória para os alunos com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos, sem prejuízo do disposto no n.º 2, do artigo 8.º, da Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto.

4- A obrigatoriedade de frequência, referida no número anterior, cessa com a obtenção do diploma de curso conferente de nível secundário de educação ou, independentemente da obtenção de diploma de qualquer ciclo ou nível de ensino, no momento do ano escolar em que o aluno perfaça 18 anos de idade.


5- Os alunos com necessidades educativas especiais que frequentaram o ensino básico com currículo específico individual, nos termos da alínea e) do n.º 2 o artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, alterado pela Lei nº 21/2008, de 12 de maio, frequentam o ensino secundário ao abrigo da referida disposição legal.




O legislador enganou-se neste ponto, pelo que se deve ler: (...) nos termos da alínea e) do n.º 2, do artigo 16.º ,do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, alterado pela Lei nº 21/2008, de 12 de maio (...)

6- A frequência do ensino básico ou do ensino secundário após a cessação da obrigatoriedade prevista no n.º 4 tem carácter facultativo, com as restrições enunciadas no artigo seguinte.

7- A frequência do ensino recorrente, de nível secundário, obedece ao disposto nos artigos 10.º e 11.º da Portaria n.º 242/2012, de 10 de agosto.
 
8- A frequência de outras modalidades de ensino obedece às respetivas disposições legais em vigor.
  • Da leitura e análise do documento verifica-se que, as crianças / alunos com NEE de caráter permanente que exijam condições de acessibilidade específicas ou respostas diferenciadas no âmbito das modalidades específicas de educação, conforme o previsto nos n.º 4, 5, 6 e 7 do artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio, tem prioridade na matrícula ou renovação desta. 
  • Tanto na educação pré-escolar como no ensino básico e ensino profissional, as turmas que integrem crianças / alunos com NEE de carácter permanente, cujo programa educativo individual o preveja e o respetivo grau de funcionalidade o justifique, são constituídas por 20 crianças / alunos, não podendo incluir mais de 2 crianças / alunos nestas condições.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Governo acaba com redução da componente letiva dos docentes com mais de 50 anos de idade

Governo acaba com horário reduzido para professores
Os professores no topo de carreira vão deixar de ter direito à redução do horário da componente lectiva, medida esta que integra a reforma do Governo que visa amealhar mil milhões de euros na área da Educação, indica o Diário Económico.

Os docentes com mais de 50 anos que até agora usufruíam de redução de horário em sala de aula, a qual poderia ir até menos 8 horas semanais, deixarão de beneficiar desta regalia.

Assim decidiu o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho, sendo que a medida que acaba com a redução da componente lectiva para os professores em topo de carreira, se inscreve na reforma do Estado, no âmbito da qual o Ministério da Educação, dirigido por Nuno Crato, terá de conseguir uma poupança na ordem dos mil milhões de euros.
   
Embora ainda não tenha sido dado conhecimento formal aos sindicatos do sector sobre esta decisão, já lhes terão sido fornecidas algumas indicações nesse sentido, pelo que se adivinha que a medida venha a ser discutida na próxima reunião, entre os sindicatos da Função Pública e o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, agendada para o próximo dia 21 do corrente mês.

Fonte: Notícias ao minuto

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Quase 3,5 milhões de pessoas em Portugal têm no máximo o 1º ciclo do ensino básico

É difícil  aceitar que 3,5 milhões de pessoas que vivem em Portugal não têm qualquer diploma ou completaram apenas o 1º ciclo do ensino básico. Mas acredito, porque os dados foram extraídos do relatório "Estado da Educação 2012", agora divulgado.
 
O terceiro relatório realizado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) apresenta um país de "contrastes":
 
Em 2011, havia "perto de 3,5 milhões de pessoas com mais de 15 anos sem nenhum diploma ou apenas com o 1º ciclo do ensino básico e mais de dois milhões e meio com qualificação de nível secundário, pós-secundário ou superior".
 
Quase um milhão de pessoas não concluiu sequer o primeiro ciclo e outros 2,5 milhões têm apenas os primeiros quatro anos de escolaridade, segundo dados dos Censos de 2011 compilados agora no relatório sobre o Estado da Educação.
 
"Somos um país de grandes desigualdades e contrastes entre os mais novos e os mais velhos", resumiu a presidente do CNE, Ana Maria Bettencourt, durante a apresentação do relatório, que faz uma análise da evolução da educação na última década.
 
É entre os mais velhos que mais se sente o problema da falta de qualificações. De acordo com o documento, metade das pessoas com mais de 55 anos tem apenas a antiga quarta classe.
 
Mas a desigualdade de gerações não se sente apenas a partir dos 55 anos, já que mais de 1,5 milhões de pessoas entre os 25 e os 44 anos também não chegaram a concluir o 12º ano (escolaridade obrigatória).
 
Ler Artigo Completo

Fonte: JN
               

terça-feira, 9 de abril de 2013

Os 10 mandamentos para uma visão saudável

No âmbito do Dia Mundial de Saúde, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia partilha os 10 mandamentos para uma visão saudável:

1. Alimentação Equilibrada e Exercício Físico 

Uma alimentação equilibrada aliada à prática de exercí­cio físico contribuem para a saúde dos olhos. Isto porque doenças relacionadas com a alimentação e o estilo de vida, como a hipertensão e a diabetes tipo II, podem comprometer seriamente a saúde dos nossos olhos. A retinopatia diabética, por exemplo, continua a ser uma importante causa de cegueira em Portugal.

2. Repouso Ocular
Quando realizamos tarefas que exigem esfoço visual ao perto, como a leitura ou a utilização de computadores e monitores, deveremos fazer intervalos regulares para que possa de novo haver um normal reflexo do pestanejo. Este está diminuído durante o estado de concentração aplicado á realização de tarefas de perto. A posição dos ecrâs do computador e da televisão deve ser corrigida de forma a evitar os reflexos. Os olhos devem estar num plano ligeiramente acima do centro do monitor do computador e a uma distância da televisão equivalente a cinco vezes a largura do ecrã.

3. Óculos de Sol
Os olhos devem ser protegidos com óculos de sol durante todo o ano. As lentes não precisam de ser escuras, mas devem conter filtros para os raios UV. Quem usa óculos escuros mas sem filtros para raios UV está tão exposto aos efeitos nocivos da luz solar como quem não os usa. É? importante lembrar que a luz solar está na origem de patologias graves como sejam a catarata e degenerescência macular ligada à idade.

4. Cuidados na infância
Cerca de 20% das crianças em idade escolar têm algum défice da função visual capaz de interferir com o rendimento escolar. A detenção precoce dos problemas visuais das crianças atravês de rastreios deverão começar a partir dos 2/4 anos. Dores de cabeça, olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes, estrabismo e fotofobia (dificuldade em suportar a luz) são sintomas que não podem ser ignorados e devem levar os pais a procurar um oftalmologista.

5. Alergias
A conjuntivite alérgica, que atinge uma percentagem significativa da população portuguesa, em especial a camada mais jovem, é uma doença inflamatória da superfície ocular externa que se manifesta atravês de prurido, sensação de ardor nos olhos, lacrimejo, olhos vermelhos, fotofobia e edema (inchaço) da conjuntiva e das pálpebras. Para tratar a conjuntivite alérgica são utilizados anti-histamínicos e ou corticosteróides tópicos (sempre recomendados pelo oftalmologista). Mas, tal como acontece com outras manifestações alérgicas, deve prevenir-se o desencadear ou o agravamento evitando a exposição aos alergénios.

6. Hidratação Ocular
A sí­ndrome vulgarmente chamada de ??"olho seco"?, é uma patologia inflamatória que atinge 10-20% da população adulta. Desconforto ocular, ardor, sensação de corpo estranho e olho vermelho são alguns dos sintomas de alerta para esta e outras formas de inflamação ocular. O tratamento é sintomático, devendo ser utilizadas substâncias lubrificantes denominadas por: lágrimas artificiais.

7. Proteção ocular na prática desportiva
As lesões oculares que ocorrem durante alguns tipos de desporto podem ser graves e comprometer a qualidade da visão. Tem sido demonstrado que o uso de protetores oculares atualmente disponíveis reduz o risco de lesão ocular em, pelo menos, 90 por cento.

8. Cuidados depois dos 40
Depois dos 40 anos os cuidados com a visão devem redobrar-se e a visita ao oftalmologista deve ser feita pelo menos de dois em dois anos, numa consulta que deve incluir observação do cristalino e da retina, medição da tensão ocular (caso seja elevada podemos estar perante um caso de glaucoma), e verificar se há necessidade de correção de ametropias (uso de óculos com graduação).

9. Cuidados redobrados com as lentes de contacto
A SPO recomenda a quem usa lentes de contacto que cumpra de uma forma sistemática os cuidados de higiene aconselhados na manipulação e manutenção das mesmas. A SPO recomenda ainda evitar dormir com as lentes de contacto colocadas, evitar exposições ambientais agressivas e, caso surjam fenómenos de olho vermelho com desconforto associado, a sua imediata remoção.

10. Em cado de dúvida consulte o seu oftalmologista
Os oftalmologistas são os especialistas médicos mais habilitados para diagnosticar e tratar as doenças dos olhos. Se notar alguma alteração na sua visão, procure um oftalmologista.
 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Estádios do desenvolvimento segundo Erikson: Desenvolvimento psicossocial

0-18 meses (desenvolvimento do Ego: Confiança básica/Desconfiança; força básica: Esperança – estádio de desenvolvimento oral e sensorial)

a confiança na mãe ou cuidador é a característica fundamental deste estádio, revelando-se fundamentalmente através do olhar e do toque, do dar e receber; o cuidador como agente social primário; necessidade de previsibilidade, consistência - constrói-se, nesta fase, a confiança básica e a confiança no futuro. Se, ao invés, a criança não aprender a confiança básica, se as suas necessidades não forem atendidas, pode permanecer um sentimento de não valer a pena e de desconfiança no mundo em geral.
18 meses a 3 anos (desenvolvimento do Ego: Autonomia/ Vergonha e Dúvida; força básica: Auto-controlo, Coragem, Vontade)

a aquisição de competências expande-se e permite escolhas…andar, falar, comer sozinho são importantes aquisições; assinala-se a aprendizagem de competências de autonomia, nomeadamente o controle de esfíncteres, ou seja, há um maior controle do próprio corpo. Constrói-se a auto-estima e começa a perceber-se o certo e o errado, surgindo o “não” como marco fundamental no desenvolvimento da personalidade; podem surgir dúvidas quanto às próprias capacidades, bem como vergonha e dúvida, no caso de o processo de aquisição das referidas competências não ser bem sucedido; os pais são aqueles com quem se mantém relações significativas.

3-5/6 anos (desenvolvimento do Ego: Iniciativa/ Culpa; Força básica: Objectivo)

o desejo de imitar os adultos aparece nesta fase, bem como a tomada de iniciativa na organização de actividades segundo um objectivo; o jogo simbólico é intenso; surge a fase dos “porquês”, que permitem explorar e perceber o mundo; a progressiva autonomia pode levar a conflitos com as orientações/regras dos pais, com o consequente sentimento de culpa; necessidade de equilíbrio entre a iniciativa da criança e os direitos e deveres dos outros; o agente social primário é a família nuclear.

6-12 anos (desenvolvimento do Ego: produtividade/ inferioridade; força básica: Método e Competência - fase de latência)

adquirem-se capacidades a nível social, cultural e escolar; a criança compara-se com os pares que, a par com os professores, se tornam agentes sociais primários; se se experienciar sentimentos de inadequação e inferioridade relativamente aos pares, podem surgir problemas de auto-estima.

12-18 anos (desenvolvimento do Ego: Identidade/ Confusão de papel; força básica: Devoção e Fidelidade)
18-35 anos (desenvolvimento do Ego: Intimidade e Solidariedade/isolamento; força básica: Afiliação e Amor)

procura de amizades fortes e do amor ;início de uma  identidade partilhada com outra pessoa e início da construção da família; poderá haver isolamento em caso de insucesso no estabelecimento de relações de amizade ou amor; namorados, cônjuge e amigos próximos são os principais agentes de socialização.

35-65 anos ( desenvolvimento do Ego: generatividade/ estagnação; força básica Produção e Cuidado)

etapa de grande produtividade ocupacional e familiar; o trabalho é central na vida da pessoa; a pessoa controla a sua vida; a tarefa significativa é a perpetuação da cultura e valores familiares; contribuição para melhorar a sociedade; receio da desocupação; os principais agentes de socialização são o local de trabalho, a comunidade e a família.

Velhice (desenvolvimento do Ego: Integridade do Eu/Desespero; força básica: Sabedoria)

análise do percurso vital; sentir-se bem sucedido dá um sentimento de Integridade, se a pessoa se sentir que olha par atrás com felicidade, contentamento e sensação de preenchimento. Aceitação da morte como parte da vida. Se a percepção do seu percurso for negativa, poderão surgir sentimentos de desespero ante os fracassos, ou um forte dogmatismo que só a própria pessoa entende como correcto.

 
Links de interesse:

Fonte: Centro de Recursos Online - Necessidades Educativas Especiais                                            

domingo, 7 de abril de 2013

Legislação sobre o estacionamento para pessoas com necessidades especiais

Condições / orientações sobre estacionamento: pessoas com deficiência e incapacidade

Decreto-Lei n.º 307/2003, de 10 de Dezembro – “O transporte particular é para muitas pessoas com deficiência condicionadas na sua mobilidade o único meio de se deslocarem autonomamente, tendo em vista a sua integração profissional e social. Para facilitar a deslocação das pessoas de mobilidade reduzida, foi aprovado o dístico de identificação de deficiente motor pela Portaria n.º 878/81, de 1 de Outubro.(in www.portaldocidadao.pt)

Decreto-Lei n.º 202/96, de 23 de Outubro – “alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 174/97 de 19 de Julho - Atestado Médico de Incapacidade Multiuso; O presente diploma estabelece o regime de avaliação de incapacidade dos deficientes, tal como definidos no artigo 2 da Lei n. 9/89, de 2 de Maio, para efeitos de acesso às medidas e benefícios previstos na lei para facilitar a sua plena participação na comunidade.” (in www.igf.min-financas.pt)

Código da Estrada

Decreto-Regulamentar n.º 22-A/98, de 1 de Outubro – Regulamento de Sinalização do Trânsito (RST)

Avaliação da capacidade intelectual de crianças: Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC-III)

A Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC-III) representa a terceira edição da Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC) e tem por finalidade avaliar a capacidade intelectual de crianças.
O WISC-III é composto por 13 subtestes, sendo 12 deles mantidos do WISC-R e um novo subteste, Procurador de Símbolos, organizados em dois grupos: Verbais e Perceptivos-motores ou de Execução, que são aplicados nas crianças em ordem alternadas, ou seja, um subteste de Execução e depois um subteste verbal e vice-versa. Os Subtestes Verbais são compostos pelos itens: Informação, Semelhanças, Aritmética, Vocabulário, Compreensão e Dígitos, enquanto que os subtestes de Execução são formados pelos itens: Completar Figuras, Código, Arranjo de Figuras, Cubos, Armar Objetos, Procurar Símbolos e Labirintos. Na elaboração do WISC-III, muitas investigações foram realizadas (teóricas e empíricas) e, embora tenham sido realizadas melhoras substanciais e acrescentado importante número de itens novos, as características fundamentais do WISC e do WISC-R mantiveram-se iguais no WISC-III.
Como no WISC-R, o WISC-III, é formado por diversos sub-testes que avaliam diferentes aspectos da inteligência, sendo o desempenho das crianças nesses sub-testes resumidos em três medidas que oferecem estimativas da capacidade intelectual das mesmas a saber: QIs Verbal, Execução e Total. O WISC-III oferece também estimativas de quatro escores opcionais de índices fatoriais, sendo que, o desempenho da criança nos subtestes resulta em três medidas: escore em QI Verbal, escore em QI de Execução e QI Total.

A Escala de Inteligência Wechsler para Crianças WISC-III, foi desenvolvida levando em consideração a concepção da inteligência como uma entidade agregada e global, ou seja, capacidade do indivíduo em raciocinar, lidar e operar com propósito, racionalmente e efetivamente com o seu meio ambiente. Por esta razão, os subtestes foram selecionados com o objetivo de investigar muitas capacidades mentais diferentes, mas que juntas, oferecem uma estimativa da capacidade intelectual geral da criança.

Como medida da capacidade intelectual geral, o WISC-III pode ser utilizado para diferentes finalidades, como por exemplo: avaliação psicoeducacional, diagnóstico de crianças excepcionais em idade escolar, avaliação clínica, neuropsicológica e pesquisa. Além disso, o instrumento pode ser útil não apenas para diagnósticos de deficiências ou avaliações de uma criança, mas também para identificar as forças e fraquezas do sujeito e fornecer informações relevantes para a elaboração de uma programação educacional específica para cada caso.

Em relação à padronização brasileira do instrumento, o grupo utilizado para montar os dados normativos da pesquisa de adaptação foi realizado com 801 escolares com idade entre 6 anos e 16 anos e 11 meses da cidade de Pelotas (RS), com uma proporção semelhante de meninos (49%) e meninas (51%). Foram selecionadas 34 instituições localizadas tanto no centro como na periferia. Não fizeram parte desta amostra os sujeitos portadores de dificuldades mentais, motoras e/ou sensoriais.

Os sujeitos foram selecionados pelo critério idade e sexo, totalizando aproximadamente 24 crianças em cada escola, sendo quatro de cada faixa etária, ou seja, dois do sexo feminino e dois do sexo masculino. A seleção dos estudantes foi realizada levando em consideração a listagem dos alunos por série, buscando escolher ao acaso alunos em diferentes graus de adiantamento. A maioria das crianças apresentou idade adequada para a série em que se encontravam. Para a escolha das escolas, foi levado em consideração o critério de abrangência de ensino e localização. Procurou-se, também, manter uma proporção equivalente dos diferentes tipos de estabelecimento de ensino, ou seja, municipais, estaduais e particulares não-assistenciais. Assim, os critérios utilizados para a amostragem do estudo foram: faixa etária, sexo, tipo de escola e local da escola.

As técnicas gerais de avaliação e procedimentos básicos de aplicação e correção do WISC-III são de extrema importância, uma vez que explicam os princípios de administração que se referem a todos ou a alguns subtestes específicos. Em resumo, os princípios básicos para o uso do WISC-III são: limites apropriados de idade, procedimentos padronizados, tempo de aplicação, condições ambientais e rapport. Os princípios referentes à administração do instrumento são: seqüência dos subtestes, início e interrupção dos subtestes, cronômetro do tempo, ensinando a tarefa e repetição dos itens e verificação das respostas. As considerações para a pontuação das respostas no WISC-III são objetivas e exigem pequenas ou nenhuma interpretação dos critérios e, os tópicos relacionados a esse princípio são: como usar as respostas dadas pela amostra, respostas acrescentadas após o Questionamento (inquérito), respostas erradas, conceitos gerais sobre os itens de compreensão e respostas múltiplas. As instruções para a aplicação e avaliação do teste são também minuciosamente informadas no manual do instrumento, sendo que as instruções são relatadas para cada um dos subtestes.

Em se tratando das propriedades psicométricas da Escala, o manual apresenta indicadores de fidedignidade para os subtestes, as escalas em QI e para os índices fatoriais do WISC-III e, também, estudos sobre teste-reteste (na amostra brasileira, somente com os subtestes de velocidade) e da consistência entre examinadores. As escalas em QI apresentaram coeficientes de fidedignidade entre 0,81 e 0,93 e os índices fatoriais entre 0,74 e 0,91. Os valores obtidos para os subtestes permaneceram entre 0,63 e 0,82. Em resumo, os coeficientes das escalas em QI e dos índices fatoriais foram, em geral, superiores aos valores obtidos para cada um dos subtestes.

A fidedignidade por meio teste-reteste para a pesquisa de adaptação brasileira do WISC-III foi realizada somente com os subtestes Código e Procurar Símbolos, devido às dificuldades práticas de realizar uma segunda aplicação do teste nos mesmos sujeitos. Para tanto, participaram 52 crianças de idades diferenciadas. O intervalo de tempo entre as duas aplicações foi de 3 meses e os estudantes pertenciam a duas escolas estaduais. Não foram calculados coeficientes específicos para cada grupo de idade, em razão da baixa representatividade das faixas etárias, levando em consideração os coeficientes de correlação como índices médios para a amostra geral. O valor obtido no teste-reteste para o subteste Código foi de 0,70 e para o subteste Procurar Símbolos foi de 0,63.

Na amostra brasileira pesquisada, foi utilizado um tipo de correlação intra-classe para avaliar a concordância entre avaliadores, que leva em consideração a tolerância do avaliador. As concordâncias entre avaliadores foram 0,94 para Semelhanças, 0,92 para Vocabulário, 0,90 para Compreensão e 0,92 para Labirintos. Quando os escores totais dos subtestes foram utilizados nas análises, as concordâncias obtidas entre avaliadores foram: 0,98 para Semelhanças, 0,98 para Vocabulário, 0,97 para Compreensão e 0,92 para Labirintos.

Na investigação das evidências de validade do WISC-III para crianças brasileiras, foram analisados os 12 subtestes com exceção do subteste Labirintos. Para tanto, foram considerados os dados da amostra geral (N=801) reagrupada em faixas etárias da seguinte forma: 6 e 7 anos (N=265), 8 a 11 anos (N=270) e 12 a 16 anos (N=266). Em se tratando da validade de construto, foram realizadas a análise da representação comportamental (análise fatorial e análise fatorial confirmatória) e análise por hipótese (análise convergente-discriminante e validação pela idade). Para a validade de critério, foram feitas análises de validação preditiva (notas escolares) e validação concorrente (teste Raven).

A validação convergente-discriminante foi analisada estimando-se as intercorrelações de todos os subtestes e escalas compósitas entre si. Em termos gerais, os resultados indicaram que as correlações entre os subtestes verbais são maiores entre si (0,35 a 0,64) do que entre os subtestes não-verbais (0,28 a 0,64). Quanto às escalas em QI, os subtestes verbais apresentaram maior correlação com a escala Verbal, exceto Aritmética e Dígitos, que apresentaram maior comunalidade com a escala Total, 0,655 e 0,538. Os subtestes não-verbais correlacionaram-se com a escala Total e os subtestes Armar Objetos (0,549) e Procurar Símbolos (0,560) correlação com Execução. Em consideração aos índices fatoriais, os subtestes verbais obtiveram maior correlação com Compreensão Verbal, exceto Dígitos, que apresentou maior correlação com Resistência à Distração, 0,485. Já os subtestes não-verbais, estes se correlacionaram mais com Organização Perceptual, exceto para Código e Procurar Símbolos que apresentaram coeficientes maiores com Velocidade de Processamento, 0,600 em ambos.

Na validação por idade, as correlações dos escores brutos do WISC-III com a idade foram todas significativas com p<0,01, isto é, as correlações foram altas e positivas, indicando que a idade influenciou significativamente os escores obtidos no teste, com média das correlações de 0,75 e média do desvio padrão de 0,06. A significância das diferenças entre as médias dos escores nas escalas em QI e nos índices fatoriais teve um aumento diretamente proporcional com a idade e os dados mostraram que as diferenças entre as médias dos escores foram altamente significativas com p<0,05.

Foi utilizado o índice de realização acadêmica como critério para verificar o grau de eficácia do WISC-III em predizer o rendimento escolar acadêmico das crianças. Para isto se utilizou uma amostra de 612 sujeitos com média de idade de 10 anos e 3 meses e 10 dias de ambos os sexos. As correlações entre as notas e o desempenho no teste foram significativas, embora baixas, variando entre 0,25 e 0,37 nos subtestes Informação, Semelhanças, Aritmética, Vocabulário e Cubos, entre 0,32 e 0,41 nas Escalas em QI e, entre 0,27 e 0,40 nos índices fatoriais.

Para o estudo da validade de critério, foram utilizados os escores do WISC-III e correlacionados com os do teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven Escala Especial. Visto que o Raven é um instrumento de inteligência não verbal, as correlações nos subtestes não-verbais (Execução e Organização Perceptual) foram maiores, 0,68 e 0,69. Esses dados indicam que as capacidades avaliadas pelos instrumentos são similares, ou seja, que o WISC-III é um teste válido para a criança brasileira que apresentar características equivalentes à da amostra pesquisada.

O manual do WISC-III apresenta ainda, estudos comparativos de correlação com o WISC-R, WAIS-R, WPPSI-R, Teste de Capacidade Escolar Otis-Lennon, com Escalas de Capacidade Diferencial, com Testes Neurológicos, com o Wide Range Achievement Test-Revised, com Testes de Aproveitamento Aplicados em Grupo, com notas escolares e estudos de grupos especiais realizados com crianças em programas para superdotados intelectuais, com deficiências mentais e com distúrbios de aprendizagem.


Fonte: Wechsler, D. (2002). WISC-III: Escala de Inteligência Wechsler para Crianças: Manual. 3ª ed., p. 309;.São Paulo: Casa do Psicólogo.