segunda-feira, 16 de junho de 2014

Relatório do Grupo de Trabalho Sobre Educação Especial

Aí está o relatório do grupo de trabalho sobre educação especial criado pelo despacho n.º 706-c/2014. Pode ser consultado aqui!




1. Mandato
2. Metodologia
3. Caracterização da educação especial
4. Resultados e propostas de melhoria
a) Referenciação, avaliação e planificação
b) Prestação de serviços de apoio especializado e de apoio à aprendizagem
c) Recursos humanos
d) Envolvimento das famílias e prestação de contas
e) Certificação, transição para a vida pós-escolar, empregabilidade e frequência do ensino superior
5. Conclusões




quinta-feira, 12 de junho de 2014

Petição pública: Em defesa da inclusão de todos os alunos com NEE no sistema educativo português, exigimos a revogação imediata da portaria 275-A/2012







Petição Pública Logotipo




Para: Presidente da República Portuguesa; Presidente da Assembleia da República; Primeiro Ministro; Presidente do Conselho Nacional do PEV; Coordenador do BE; Presidente do CDS-PP; Secretário Geral do PCP; Secretário Geral do PS; Presidente do PSD


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Apoie esta Petição. Assine e divulgue. O seu apoio é muito importante.



Diapositivos sobre concursos e mobilidade 2014

Os diapositivos sobre concursos e mobilidade 2014, que a seguir se apresentam, foram divulgados na reunião de diretores de agrupamentos com a DGAE, no dia 6 de Junho de 2014.


Consulte aqui o documento!


As alterações introduzidas pelo Dec. Lei nº 83-A/2014, de 23 de maio no Dec. Lei nº 132/2012, de 27 de junho permitem, a partir duma visão prospetiva das necessidades do sistema educativo, ter uma resposta anual para a contratação externa e quadrienal para ajustamentos internos, sem prejuízo de, justificadamente, poder haver lugar à sua antecipação.

A satisfação das necessidades de pessoal docente das escolas é suprida através dos concursos:


 
Interno e externo – necessidades permanentes;

Para a satisfação das necessidades temporárias.


Governo quer separar educação especial de dificuldades de aprendizagem





Governo quer separar educação especial de dificuldades de aprendizagem: a proposta integra as conclusões do grupo de trabalho que, ao longo dos últimos meses, teve a cargo um estudo para a revisão da legislação.






O Governo quer retirar dos apoios da educação especial todos os alunos que não apresentem deficiências permanentes, mas garantido que a escola continua a apoiar todos os alunos com dificuldades de aprendizagem.

Subsídio de educação especial deve ser revisto

A proposta integra as conclusões do grupo de trabalho que, ao longo dos últimos meses, teve a cargo um estudo para a revisão da legislação relativa à educação especial, e que hoje apresentou resultados numa sessão no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, que contou com a presença dos secretários de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, do Ensino e da Administração Escolar, Casanova de Almeida, e da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho.

As conclusões do grupo de trabalho apontam para a necessidade de alguma revisão da legislação, sobretudo ao nível da integração num único diploma dos diversos normativos dispersos, que deve, acima de tudo, clarificar conceitos, sobretudo no que diz respeito à separação entre necessidades educativas especiais permanentes ou temporárias ou, dito de outra forma, entre o que realmente se enquadra na educação especial e o que deve apenas ser classificado como dificuldades de aprendizagem.

«Essa distinção, à partida, da população alvo da educação especial é determinante. É necessário especificar e clarificar que públicos é que são alvos da educação especial», afirmou João Grancho, que sublinhou que as necessidades educativas especiais se transformaram numa «grande categoria» onde cabe tudo, afirmando que é preciso rever o que considerou uma «fragilidade ao nível dos conceitos».

«Mesmo que venhamos a introduzir alguma diferenciação a este nível, as escolas deverão continuar a prestar os apoios aos alunos que precisarem», frisou o secretário de Estado.

A propósito da recomendação recente do Conselho Nacional de Educação sobre a educação especial, que apontava para falhas na prestação dos apoios a estes alunos e para desigualdades territoriais no acesso, João Grancho disse que «esse desatendimento incorre numa lógica de integrar na educação especial todo o tipo de alunos com dificuldades», o que leva a que «os recursos sejam desviados das necessidades de caráter permanente».

João Grancho declarou que «os recursos necessários» têm de ser afetados «à medida das necessidades que forem detetadas».

«Não há qualquer restrição ao investimento ou orientação no sentido de diminuir o investimento que tem vindo a ser feito», garantiu, sublinhando o crescimento que houve a este nível nos últimos dois anos letivos, e recusando a ideia de que esta seja «uma área descuidada pelo Governo».

«Temos vindo a incrementar os apoios disponibilizados e os recursos, de uma forma que é resultante da pressão que vai surgindo, deste crescimento quase descontrolado com necessidades educativas especiais, quando todos nós sabemos que um aluno que integre este quadro das necessidades educativas especiais dificilmente é retirado, e quando muitas vezes estamos a falar de dificuldades de aprendizagem», afirmou o secretário de Estado.

De acordo com a proposta do grupo de trabalho, um novo quadro normativo deverá manter o âmbito de intervenção dos serviços de educação especial, centrado no que está previsto no decreto-lei de 2008, que enquadra os apoios a estes alunos e que estabelece que os apoios especializados devem ser prestados a crianças «com alterações de caráter permanente nas estruturas e funções do corpo».


Fonte: TVI24

Mas não é isto o que já está a acontecer. Eu estou no terreno, os burocratas não estão!



















quarta-feira, 11 de junho de 2014

Bolsa Social 2014 / 2015 - CADIn: Centro de apoio ao desenvolvimento infantil

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Informamos que está aberto até ao próximo dia 15 de julho o período de candidatura ao apoio da Bolsa Social do CADIn para o ano letivo de 2014/2015.
A Bolsa Social é um fundo, constituído por donativos, que comparticipa o custo dos serviços clínicos e terapêuticos. Destina-se a crianças, jovens e adultos, que necessitem de recorrer aos serviços do CADIn, possibilitando o acesso aos mesmos quando manifestamente não tenham condições económicas suficientes para suportar estes custos na íntegra. Este fundo é relançado anualmente com o orçamento possível e limitado ao total angariado.
As famílias que se encontrem nesta situação poderão candidatar-se à Bolsa Social, mediante o preenchimento do boletim de candidatura e apresentação de documentação que suporte a análise das condições económicas do agregado, segundo os critérios de avaliação em vigor.
Esta avaliação ajudará na decisão sobre a atribuição do apoio que se quer equitativa e adaptada à realidade socioeconómica do visado e do país.
Os beneficiários podem ser provenientes de famílias em situação de carência económica ou estar à guarda de instituições de acolhimento. Neste caso, deverão ser as instituições a apresentar um pedido de apoio, indicando o número de crianças/jovens e o tipo de acompanhamento clínico e terapêutico de que carecem.
O apoio da Bolsa Social é atribuído para um ano letivo (setembro a julho), pelo que a entrega da candidatura deverá ser efetuada entre 15 de maio e 15 de julho a cada ano.                                      
No final de agosto, é enviada informação sobre a decisão de atribuição do apoio. A comparticipação da Bolsa Social varia em função da situação económica da família e tem um limite para cada beneficiado.
As candidaturas não elegíveis poderão ser objeto de reavaliação, sempre que haja alteração da situação ou reforço/apresentação de algum fator que altere consistentemente o resultado obtido.
A entrega da candidatura e da documentação poderá ser efetuada preferencialmente por e-mail (bolsa.social@cadin.net) ou, em alternativa, na receção do CADIn em Cascais ou Setúbal, por correio (Estrada da Malveira – Edifício CADIn, 2750-782 Cascais) ou por fax (214858250).
Os documentos para candidatura estão disponíveis em: http://www.cadin.net/candidaturas/.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Publicações da Agência Europeia para o Desenvolvimento da Educação Especial

Publicações da Agência Europeia para o Desenvolvimento da Educação Especial - eReports

cover for the VET summary report

Vocational Education and Training - Summary of Country Information

This document provides a brief synthesis of 28 country reports regarding policies and practices in the area of vocational education and training (VET) in the field of special needs and inclusive education.
cover for the ICT for Inclusion – Development and Opportunities for European Countries

ICT for Inclusion – Developments and Opportunities for European Countries

This report presents the main findings from the Agency Information and Communication Technology for Inclusion (ICT4I) project and draws upon all sources of project information developed during project activities.

European Patterns of Successful Practice in Vocational Education and Training

Participation of Learners with SEN/Disabilities in VET. 2013

Raising Achievement for All Learners – Quality in Inclusive Education

Raising Achievement for all learners is a priority at European level as set out in the Education and Training 2020 Framework (ET 2020) and the high cost of school failure is increasingly being recognised. Raising the achievement of all learners is not a policy initiative but an ethical imperative that will best be achieved by providing quality education in inclusive settings.

Special Needs Education Country Data 2012

The Agency SNE data collection is a biennial exercise with data provided by the Representatives of the Agency. In all cases this data is from official ministerial sources.

Promoting Accessible Information for Lifelong Learning

This report is a summary of the main findings of the one-year Accessible Information for Lifelong Learning (i-access) project, including a review of European and international policy and recommendations on accessibility, a country survey on accessibility policy and implementation and project conference inputs and conclusions.



segunda-feira, 9 de junho de 2014

Estado português deverá respeitar compromissos assumidos com subscrição da Declaração de Salamanca

A Declaração de Salamanca foi subscrita por 92 estados (incluindo o português) e 25 organizações internacionais no dia 10 de junho de 1994. Esta Declaração definiu a inclusão como uma medida que apoia e acolhe a diversidade entre todos os alunos, tendo por principal objetivo eliminar a exclusão social como consequência das respostas à diversidade relacionada com a raça, classe social, etnicidade, religião, género e capacidade de cada ser humano. O princípio fundamental para as escolas inclusivas, assumido nesta Declaração, consiste em todos os alunos aprenderem juntos, independentemente das dificuldades e diferenças que apresentem.


Portugal, respeitando o direito constitucional à Educação, promoveu, nos anos subsequentes à assinatura deste compromisso internacional, medidas que visavam garantir a igualdade de oportunidades a todas as crianças e jovens portugueses. Mas, com o passar dos anos, as políticas educativas foram-se tornando cada vez menos inclusivas, permitindo até a segregação dentro da própria escola.
O respeito pela diferença adquire-se na convivência diária. A inclusão de crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais desde o início da sua vida escolar é condição necessária para a construção de uma sociedade onde todos sejam respeitados e contribuam para o progresso e desenvolvimento do país.
A Escola Pública é espaço privilegiado de respeito por todas as crianças e jovens. Se for considerado normal que estes aprendam juntos, independentemente das suas capacidades e limitações, os Homens e as Mulheres de amanhã irão respeitar essa diversidade na sociedade. As crianças e os jovens quando aprendem em conjunto, estão a aprender a viver igualmente em conjunto.
Como afirmava Paulo Freire, sendo verdade que a escola não muda o mundo, ela muda as pessoas sendo estas quem, transforma o mundo. Eis, pois, a tremenda responsabilidade que está atribuída à escola.
Neste momento, Portugal tem legislação que, nos respetivos textos preambulares, respeita os princípios inscritos na Declaração de Salamanca, porém, o que decorre do texto legal e a prática a que o mesmo obriga desrespeita a referida Declaração e, em múltiplos aspetos, promove a segregação, chegando mesmo, como acontece no ensino secundário, neste caso de forma explícita.
É verdade que a inclusão não se decreta, constrói-se. Mas assegurar uma educação de qualidade para todos implica um conjunto de condições na área dos currículos, das instalações, da organização escolar, da pedagogia, da avaliação, dos recursos humanos (docentes e não docentes) que têm de ser decretadas.
Desde há seis anos que o Decreto-Lei 3/2008 tem tido responsabilidades fortes pelo retrocesso verificado na educação inclusiva. Este diploma legal (aprovado pelo anterior governo e mantido pelo atual) vem separar claramente os alunos com e sem deficiência, deixando sem qualquer apoio nas escolas os que, embora tendo necessidades educativas especiais não apresentam qualquer deficiência e permitindo que os alunos com deficiência comprovada frequentem a escola regular, mas, em grande número de situações, em ambientes segregados, impedindo o convívio, em todos os contextos e horários da escola, com os restantes colegas. Definitivamente, isto não é Educação Inclusiva!
As denúncias, os debates, as conferências em defesa da Educação Inclusiva têm-se sucedido, mas pouco ou nada tem sido alterado num sentido de passarmos a ter escolas efetivamente inclusivas.


Portugal precisa de outras políticas educativas


O governo tem sido alertado por organizações sindicais (nomeadamente a FENPROF e os seus sindicatos), por organizações de pessoas com deficiência, por organizações de pais e encarregados de educação, por alguns grupos parlamentares, pela comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República, pelo Conselho Nacional de Educação, entre muitos outros para a necessidade de promover a Escola e a Educação Inclusiva, mas tem deixado correr e nem se sabe o que é feito do relatório encomendado a um grupo de trabalho que criou e que, há quase dois meses tem o seu trabalho em atraso, não se conhecendo esse relatório que, alegadamente, poderá levar à alteração das legislação em vigor. Fica a ideia de ser um governo que precisa de uma intervenção especializada porque tem assumido uma postura de completa indiferença face à situação muito negativa que se vive!


Portugal precisa de outras políticas educativas que garantam o sucesso educativo e social de todas as crianças, jovens e adultos portugueses. Assim, 20 anos após ter assumido um compromisso internacional de respeito por todos os seres humanos é chegado o momento de honrar esse compromisso e zelar por políticas educativas inclusivas ou, então, demitir-se! Será, provavelmente, esse o caminho mais adequado.


Fonte: FENPROF
 

Recomendação sobre Educação Especial 2014 - CNE

Conselho Nacional de EducaçãoO Conselho Nacional de Educação divulgou dois documentos sobre Políticas Públicas de Educação Especial, particularmente importantes no momento em que se aguarda a divulgação do relatório do grupo de trabalho responsável pela revisão da legislação desta modalidade educativa.

Os documentos são:

- Relatório Técnico de Educação Especial


- Recomendação sobre Educação Especial





Há alunos com NEE desamparados na atual legislação

CNE avisa que há alunos com NEE desamparados na atual legislação.


Concordo plenamente com todas as recomendações e/ou do CNE, que se mencionam no texto seguinte.










O CNE considera que é urgente identificar as respostas para os alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) para diminuir o tempo entre essa referenciação e a adoção de medidas educativas especiais. O CNE recomenda, por outro lado, que sejam acauteladas medidas de apoio através de uma intervenção precoce às crianças que tenham de adiar o ingresso na escola. Sugere uma medida educativa adicional que permita a adaptação do currículo às necessidades educativas dos alunos, mais flexível do que a medida “adequações curriculares individuais”. E não esquece o papel dos pais e encarregados de educação que, em seu entender, devem ter um papel ativo neste processo de construção de programas mais ajustados.



O CNE defende uma definição clara do perfil e competências dos docentes de educação especial, a definição de critérios rigorosos de recrutamento desses profissionais, bem como mecanismos legais que permitam a estabilidade, fixação ou recondução, desses técnicos. Nesse sentido, propõe “que sejam desenvolvidos processos urgentes e rigorosos de regulação dos cursos de formação especializada que revelam para o recrutamento de docentes de educação especial, com particular incidência na sua qualidade científica e na componente de prática pedagógica dessa formação”. Na sua opinião, os cursos de especialização em educação especial devem englobar unidades específicas para que os docentes adquiram estratégias e instrumentos de intervenção. E avisa que, com urgência, deve ser elaborado um plano de formação contínua para todos os intervenientes no processo de ensino e de aprendizagem de crianças e jovens com NEE, desde docentes a não docentes.


O CNE analisou as práticas existentes, a nível nacional e internacional, verificou como é feito o atendimento aos alunos com NEE, e ouviu várias entidades que intervêm em diferentes áreas nesta matéria. A elegibilidade de alunos para medidas que respondam a NEE é um dos pontos que mais têm dividido a comunidade profissional, académica e científica. “Considera-se que a atual legislação deixa desamparado um conjunto considerável de alunos e alunas que manifestam necessidades educativas especiais e para os/as quais não é possível construir respostas educativas ajustadas, pela limitação imposta pelo quadro geral”, alerta.

O risco de tornar as NEE em dificuldades crónicas também é um aspeto que tem sido referido. “Por outro lado, a existência de avaliação externa das aprendizagens, tendo como referência os curricula e as metas de aprendizagem, sem a adaptação às condições especiais de alunos/as que usufruíram de medidas de educação especial, nomeadamente as adequações curriculares, poderá pôr em causa a qualidade e a equidade na possibilidade de obtenção de sucesso”, sublinha o CNE na recomendação divulgada nesta sexta-feira. Além disso, a transição dos alunos para a vida ativa “parece não permitir a sua plena integração social e laboral depois de concluída a escolaridade obrigatória”. Por isso, a necessidade de repensar a certificação deste percurso escolar. 


Fonte: educare